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Identificado assaltante envolvido na morte de garoto no RS

Guilherme estava no banco de trás do carro quando foi atingido por tiro na nuca

Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia já identificou um dos assaltantes envolvido no assassinato do menino Guilherme de Oliveira Freze, de três anos, ocorrido na noite de segunda-feira, 2. no Vale do Sinos, na região metropolitana de Porto Alegre. Segundo o delegado Luiz Fernando Nunes da Silva, ele ainda não foi preso, mas os moradores também estão mobilizando para localizar os envolvidos na tentativa de assalto, oferecendo informações anônimas à polícia. O enterro do garoto, nesta terça-feira, comoveu os moradores de Estância Velha, cidade de 40 mil habitantes localizada no Vale do Sinos. Centenas de pessoas, mesmo desconhecidas, foram oferecer solidariedade aos pais, que estavam inconsoláveis e passaram o dia sob observação de uma enfermeira. A morte de Guilherme ocorreu menos de dois meses depois da de João Hélio Fernandes, de seis anos, que ficou preso a um cinto de segurança e foi arrastado por sete quilômetros por assaltantes, no início de fevereiro, no Rio de Janeiro, num crime que chocou o País. Guilherme estava no banco de trás do Escort da família, que foi cercado por três desconhecidos na Rua do Terminal, no Bairro Campo Grande. O pai do garoto, Jairzinho Freze, percebeu que um dos homens estava armado e, tentando evitar a abordagem e escapar do assalto, acelerou. Um dos assaltantes disparou. A bala atravessou o vidro traseiro do automóvel e acertou a nuca do garoto. A mãe, Roseli de Oliveira, que estava no banco da frente, viu o filho cair ensangüentado. Os bandidos fugiram. Socorrido por um motorista que parou no local, Guilherme foi levado ao Hospital Getúlio Vargas, mas chegou sem vida. Jairzinho contou que havia aproveitado o dia de folga para passear com a família e procurar a cama que compraria para Guilherme como presente de Páscoa, já que o filho único do casal estava crescido e logo precisaria de um espaço maior do que seu berço para dormir. Entre lágrimas, um tio lembrou que o garoto costumava brincar revolvendo a terra com pedaços de madeira, imitando o trabalho do pai.

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