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Ilhabela quer cobrar taxa ambiental de veículos

Por Simone Menocchi
Atualização:

Depois de ver aprovado o projeto que limita o número de carros em Ilhabela, o prefeito Manoel Marcos Ferreira enviou para a Câmara, na quinta-feira, uma proposta de criação de taxa para veículos. A tarifa, de preservação ambiental, faz parte do Plano Diretor da cidade, elaborado por geógrafos da Universidade de São Paulo (USP) e é semelhante ao que se cobra em Fernando de Noronha (PE). Pela lei aprovada no dia 26, a partir de março só 15 mil veículos poderão circular na cidade. Hoje, são 30 mil em feriados. O Executivo alega que os recursos arrecadados em Ilhabela não cobrem os danos provocados ao ambiente pela visita de 1,2 milhão de pessoas por ano. A taxa, cobrada na saída do visitante, seria usada em limpeza pública e políticas de preservação ambiental. "Ilhabela é o único município arquipélago do Brasil e, além disso, precisamos continuar preservando o parque estadual, que abrange aproximadamente 86% da área do município", diz o prefeito. A cidade tem 24 mil habitantes. Em fins de semana e feriados, a população chega a 150 mil. A idéia é cobrar R$ 2 para carros e motos; R$ 3 para caminhonetes; R$ 100 para vans; R$ 200 para microônibus e R$ 300 para ônibus. Veículos de carga acima de 15 toneladas pagariam R$ 350, só em fins de semana. Seriam isentos veículos de residentes, licenciados em Ilhabela, veículos oficiais, ambulâncias, carros fúnebres, de concessionárias de serviços básicos, de combustível e outros serviços previstos em lei. Um dos artigos prevê multa de R$ 400 aos turistas que não quiserem pagar a taxa, além da retenção do veículo. O projeto deve ser votado este ano, uma vez que a intenção é que comece a vigorar em janeiro. FILAS São Sebastião proibiu a formação de filas nas avenidas da cidade, que faz divisa com Ilhabela. Os carros que pararem em fila serão multados e estarão sujeitos a guincho. A prefeitura quer que a Dersa, empresa responsável pela travessia de balsa entre as cidades, construa bolsões de estacionamento para os veículos que esperam a passagem. A Dersa informou ontem que não foi comunicada da proibição.

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