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Imóvel de 180 anos em Minas está ''à venda'' na internet

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Por Redação
Atualização:

"Vendo casarão para demolição com área de 500 metros quadrados de construção, com mais de 180 anos, em bom estado de conservação." A propaganda, simples e direta, colocada em junho em um fórum na internet, refere-se ao imóvel mais antigo do município de Senador Firmino, a 300 quilômetros de Belo Horizonte, construído no mesmo estilo colonial das fazendas de café. Ele ainda não foi negociado nem demolido porque o anúncio virou alvo da investigação do Ministério Público, que acionou a polícia e os órgãos de patrimônio. O problema é que o caso pode ser exceção - segundo levantamento feito pela reportagem com base em denúncias de entidades em junho e julho deste ano, casas consideradas históricas foram demolidas em Congonhas, Diamantina, Corumbá, Goiânia, Porto Seguro, Nova Friburgo, Erechim, São Francisco do Sul. Só a promotoria de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais recebe em média uma denúncia por semana envolvendo demolições irregulares no Estado. Para frear esse desinteresse com o patrimônio público, o PAC das Cidades Históricas terá um instrumento importante - o financiamento a juro zero, com linha de crédito pela Caixa Econômica, para quem quiser reformar e dar uso adequado a imóveis particulares tombados pelo Iphan. "Já notamos um interesse maior na sociedade pela preservação do patrimônio histórico brasileiro, até por uma questão de busca da identidade local e nacional", diz Luiz Fernando de Almeida, presidente do Iphan. "Por isso, acho que o momento é muito propício para o programa das cidades históricas, e o financiamento para imóveis privados pode ser justamente uma bandeira importante dessa mudança."

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