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Impasse atrasa processo de médico acusado de pedofilia

Por Agencia Estado
Atualização:

Um impasse jurídico sobre quem vai fazer a defesa do psiquiatra Eugênio Chipkevitch, acusado de pedofilia, dificulta o processo contra ele na 10ª Vara Criminal. O médico está preso preventivamente há nove meses, no 13º DP, por ter dopado e abusado sexualmente de 12 adolescentes, em seu consultório. Se condenado, pode pegar até 70 anos de cadeia. O advogado de defesa, Paulo Sérgio Leite Fernandes, havia requerido ao juiz que fitas de vídeo apreendidas no consultório fossem exibidas em sessão reservada, apenas com a presença do acusado e seu advogado. A defesa pretendia ainda fazer perícia nas fitas. Mas o juiz da 10ª Vara Criminal indeferiu o pedido e determinou que Fernandes, contratado pelo réu, apresentasse as alegações finais, após as quais seria dada a sentença. O advogado se recusou, alegando que o indeferimento prejudicaria a alegação do mérito. Diante disso, o juiz Rogério Murillo Pereira Cimino, que substitui durante as férias o titular Marcelo Semer, oficiou a Procuradoria de Assistência Judiciária para que nomeasse um defensor público para Chipkevitch. A advogada indicada, porém, se recusou a atuar na causa, dizendo que o acusado não admite outro defensor. Em mais uma tentativa para solucionar o impasse, o juiz nomeou defensor dativo o advogado Rubner Vilens Giriboni. Ele adiantou nesta quarta-feira ao Estado que também não aceitará a causa. Fernandes disse que impetrará habeas-corpus no Tribunal de Justiça contra o juiz, alegando privação da plena defesa, na hipótese de outro advogado apresentar as alegações. Fernandes já havia impetrado dois habeas-corpus em favor de Chipkevitch. No primeiro, pediu anulação do processo e, no segundo, a perícia das fitas.

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