
07 de fevereiro de 2011 | 08h36
RIO - Faltando cerca de um mês para o carnaval do Rio, o incêndio de grandes proporções na Cidade do Samba provocou tristeza e desespero às pessoas envolvidas com as escolas cariocas. Os barracões de ao menos três agremiações foram atingidos pelo fogo, causando grande destruição.
Em entrevista à Rede Globo, o presidente da União da Ilha, Ney Filardes, disse que a situação era "lamentável". "Estou arrasado. Vamos ter que recomeçar do zero", falou chorando.
"É uma tristeza muito grande. Perdemos muita coisa", disse à Reuters um funcionário da União da Ilha que dormia no barracão e fugiu às pressas do local.
O diretor de carnaval da escola, Márcio André, disse que toda a produção era feita no local e que praticamente tudo estava pronto. "O carnaval que a gente estava fazendo é difícil de refazer. Praticamente impossível reconstruir. E onde vamos reconstruir? Não teremos um local", afirmou.
Para a Grande Rio, a condição não é diferente: praticamente com toda a produção para o carnaval pronta, praticamente tudo pode ter sido destruído. "A situação é de catástrofe total. Nosso carnaval virou cinza. Ele estava 90% pronto", afirmou Avelino Ribeiro, assessor de impresa da escola.
Perto do barracão, o presidente da Grande Rio, Hélio Oliveira, ficou emocionado, mas demonstrou força. "A única cosia que não queimou foi nossa vontade de desfilar", falou.
A Cidade do Samba foi construída na administração do prefeito César Maia. Um dos objetivos era evitar os constantes incêndios que afetavam os barracões avulsos das escolas de samba e prejudicavam as agremiações antes do Carnaval.
As causas do incêndio ainda estão sendo apuradas pelas autoridades.
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