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Incêndio em favela deixa centenas de desabrigados em SP

Por Agencia Estado
Atualização:

A chuva que caiu durante toda a madrugada deste sábado na capital ajudou os 130 homens do Corpo de Bombeiros a controlar o incêndio que destruiu cerca de 70% da Favela Paraguai, na Vila Prudente, zona leste da capital paulista. Pelo menos 550 dos 900 barracos foram queimados e centenas de famílias desabrigadas serão cadastradas e encaminhadas pela Defesa Civil para os centros comunitários, escolas, igrejas e outras instituições da Grande São Paulo. Funcionários da CET que controlavam o trânsito próximo dali, na Avenida do Estado, com princípio de alagamento, contam que ouviram, à 1h40, uma grande explosão, que parecia ser de botijão de gás. O fogo se alastrou rapidamente. Os moradores dos barracos incendiados perderam todos os seus pertences. A cena é descrita como "desoladora" pelo coronel Jair Paca de Lima, que comandou a operação. Foram menos de duas horas de incêndio, debaixo de chuva, mas mesmo assim a destruição foi grande. Apenas duas pessoas foram encaminhadas ao hospital da região, mas sem ferimentos graves. No momento, os bombeiros de vários quartéis da capital, São Caetano do Sul, Santo André, São Bernardo do Campo e outros municípios da Região Metropolitana de São Paulo estão realizando a operação de rescaldo. Ainda não se sabe se o viaduto que passa sobre parte da favela teve sua estrutura abalada pelo incêndio. A secretária da Assistência Social, Aldaísa Sposati, chegou na manhã de hoje à creche Esperança, que fica ao lado da Favela Paraguai. Ela foi ao local para apurar a situação dos desabrigados. Segundo a secretária, "é realmente uma tragédia de grandes proporções. Nós estávamos acabando de levantar, com a supervisora regional, são cerca de mil pessoas atingidas, então, isso às vésperas de Natal". Aldaísa disse ainda que as famílias já receberam a primeira refeição e pediu a doação de roupas. Aldaísa Sposati disse que em princípio os desabrigados vão ficar na creche, mas há famílias que foram para a casa de parentes e amigos. A prefeita Marta Suplicy também deve ir à favela.

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