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Incêndios destroem vegetação na Chapada Diamantina

Os bombeiros apontam os turistas e tropas de vaqueiros como os responsáveis pelo fogo devido ao abandono de cigarros, fogueiras e fósforos atirados em locais onde o mato seco propaga o início do desastre

Por Agencia Estado
Atualização:

Vários focos de incêndio estão destruindo parte da vegetação da Chapada Diamantina, na Bahia. O ponto mais alto do Nordeste, o pico de Barbados já perdeu parte de sua vegetação. O segundo, o Pico das Almas, já teve toda a mata nativa destruída. Itobira, o terceiro maior da região, na serra do Porco Gordo, também foi destruído pelo fogo, que consume três mil hectares da área de preservação e pode ser visto a quilômetros. Apenas 36 voluntários, de uma brigada de incêndio, quase sem equipamentos, enfrentam todo ano chamas que destroem gradualmente o patrimônio da região, no Parque Nacional da Chapada Diamantina. Os bombeiros apontam os turistas e tropas de vaqueiros como responsáveis devido ao abandono de cigarros, fogueiras e fósforos em locais onde o mato seco propaga o início do desastre. "Temos ouvido histórias de que muitos destes incêndios são criminosos, ateados às vezes por caçadores que fazem fogueiras, ou agricultores que fazem aceiros para limpar o mato", conta Raimundo Brandão, jornalista e morador da Chapada. Faltam equipamentos eficientes, como carros de combate ao fogo, ou um helicóptero, que no ano passado teve de ser solicitado ao Exército. Distante quase 200 quilômetros dos locais mais críticos, o comandante do 11º Grupamento de Bombeiros de Lençóis, Edmilson Santiago, diz que parte dos seus 56 homens foi até o local para combater as chamas. No fim de semana a situação se complicou com o sol e a falta de nuvens, o que aumentou a propagação.

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