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Indenizações a ex-moradores do Palace ainda vão demorar

Por Agencia Estado
Atualização:

A luta dos ex-moradores do Palace 2 não acabou nem mesmo para os oito que deixaram nesta quarta-feira a agência do Banco do Brasil com sacos plásticos contendo, no total, R$ 908 mil. O dinheiro é parte do que foi arrecadado com o leilão do hotel de Saint Saint Paul, do ex-deputado Sérgio Naya. As indenizações variam entre R$ 300 mil e R$ 1 milhão e todos ainda aguardam a liqüidação de outros bens do ex-deputado, como o hotel Saint Peter, que, como o Saint Paul, fica em Brasília, e um terreno na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. O leilão dos dois deverá acontecer até o fim de agosto, segundo as expectativas do advogado das vítimas, Nélio Andrade. Eles valem cerca de R$ 82 milhões, mas devem ser vendidos por menos, como aconteceu com o primeiro hotel leiloado. Naya Naya, dono da construtora do Palace 2, a Sersan, está acompanhando o imbróglio judicial que cerca o pagamento das indenizações pelo noticiário. Segundo seus advogados, ele gostaria que o destino final do dinheiro resultante do leilão do fosse as vítimas e não a União. Segundo o advogado Joaquim Flávio Spíndula, Naya ficou indignado com a venda do hotel por R$ 9,427 milhões, um valor menor do que o de mercado. ?A venda foi atabalhoada. Essa dilapidação do patrimônio dele é prejudicial para todo mundo?, disse. Spíndula disse que, apesar da liqüidação dos bens, o ex-deputado ainda vive uma vida confortável. ?O patrimônio é muito grande. Ele tem muita coisa.? Naya, que está em Brasília, ficou preso por 109 dias no Rio e foi solto no dia 1º deste mês. Habeas corpus Em Brasília, o Banco do Brasil entrou com pedido de habeas-corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para evitar que três funcionários sejam presos. Eles trabalham na agência do BB no Rio, onde foi feito o pagamento das indenizações às famílias vítimas do desabamento do Palace 2, em fevereiro de 1998.

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