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Indiciados comandante e dono de barco que naufragou no Lago Paranoá

Segundo delegado, houve negligência; embacação comportava 92 pessoas, mas levava 122

Por Solange Spigliatti
Atualização:

SÃO PAULO - Três meses após o naufrágio do barco Imagination no Lago Paranoá, a Polícia Civil do Distrito Federal divulgou hoje (24) a conclusão do inquérito. O comandante da embarcação, Airton Carvalho, e o proprietário, Marlon José Almeida, foram indiciados por homicídio culposo - quando não há intenção de matar.

 

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Eles podem ser condenados a, no máximo, quatro anos de prisão, e devem cumprir a pena em regime aberto ou semiaberto. O inquérito vai ser encaminhado para a Justiça na próxima sexta-feira (26).

 

Segundo o delegado Adval Cardoso de Matos, responsável pelo caso, houve negligência por parte dos indiciados. "A causa provável do naufrágio foi a manutenção inadequada da embarcação, agravada pelo excesso de peso", disse. "Havia situações de reparos nas quais dava para ver quase uma forma de gambiarra, com material totalmente inadequado", completou.

 

As investigações confirmaram que os coletes salva-vidas não eram suficientes para as 122 pessoas a bordo. A embarcação tinha capacidade para 92 passageiros. Também não houve instruções de salvamento para casos de acidente.

 

O barco Imagination naufragou no dia 22 de maio e, segundo a perícia, levou apenas três minutos para afundar. Nove pessoas morreram no acidente. Entre as vítimas, estava um bebê de apenas 6 meses. As informações são da Agência Brasil.

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