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Índios afirmam ter ouvido helicóptero da FAB cair em RR

Aeronave com quatro passageiros desapareceu há mais de 40 horas na reserva indígena Yanomami

Por Loide Gomes
Atualização:

BOA VISTA - Índios yanomami afirmam ter ouvido o barulho de um avião caindo a aproximadamente três horas de caminhada da aldeia Alto Mucajaí, em Roraima. Desde o início da noite de quarta-feira, 6, um helicóptero com cinco pessoas a bordo está desaparecido na reserva Yanomami.O local apontado pelos indígenas coincide com o ponto de onde o helicóptero emitiu sinal de emergência, que indica queda ou pouso forçado, às 18h17 de quarta-feira, a 140 quilômetros a oeste de Boa Vista, cerca de 50 minutos de voo.Segundo Dário Yanomami, que coordena as ações de saúde da Hutukara Associação Yanomami, em Boa Vista, a informação foi repassada por radiofonia para a entidade. Hoje pela manhã, um indígena chamado Abelardo e mais uma pessoa se embrenharam na mata para tentar localizar o helicóptero. "Eles ainda não encontraram nada, mas já repassamos essa informação ao Exército", afirmou.A FAB informou que tem colhido informações com todas as entidades que atuam na reserva indígena, mas não sabe se esse comunicado dos indígenas foi checado pelo Serviço de Busca e Salvamento da Força Aérea, que desde esta quinta-feira, 7, sobrevoa a região com duas aeronaves.Buscas. O helicóptero Esquilo AS 55, de matrícula PT-HNA, está desaparecido há mais de quarenta horas na reserva indígena Yanomami, em Roraima. As buscas foram retomadas nesta sexta-feira, 8, mas até o início da tarde nada havia sido encontrado. O trabalho é realizado por dois aviões do Serviço de Busca e Salvamento da Força Aérea Brasileira (FAB) e também por terra, mas a área é de difícil acesso, numa região serrana da floresta amazônica.O helicóptero decolou da base do Exército de Surucucu às 17h40 (horário local) de quarta-feira, mas desapareceu a 140 quilômetros a oeste de Boa Vista, quando emitiu sinal de emergência, que indica queda ou pouso forçado.A aeronave transportava um funcionário civil da Comissão de Aeroportos da Amazônia, ferido em acidente com uma retroescavadeira. A suspeita é que Antônio José de Melo teria sofrido traumatismo craniano. Também estavam na aeronave pilotada por Alberto Farias, o médico do Exército Oswaldo Nogueira da Silva, o enfermeiro João Júnior e o mecânico José Galvão.Até agora, as autoridades encarregadas do socorro não emitiram nenhum comunicado oficial sobre o resgate. A JVC Aerotaxi, dona do helicóptero, também não se manifestou sobre o caso. A empresa evita detalhes sobre a vida dos passageiros e tripulantes, mas afirma que presta auxílio a seus familiares. O médico Oswaldo Nogueira servia em Roraima há pouco tempo. Ele chegou ao Estado em fevereiro e estava há poucos dias em Surucucu.

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