Infraero anuncia redução do tráfego em Congonhas

PUBLICIDADE

Por NATUZA NERY
Atualização:

O presidente da Infraero, tenente-brigadeiro José Carlos Pereira, anunciou nesta quinta-feira que o tráfego aéreo em Congonhas será reduzido, após o acidente com um Airbus A320 da TAM . "A ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) chegou a algumas conclusões e vai reduzir para pelo menos 35 ou 36 movimentos hora", disse a jornalistas Pereira, sobre o tráfego em Congonhas. Ele não especificou se o número se refere ao total de vôos ou apenas aos vôos comerciais. Hoje Congonhas tem uma média/hora de 38 vôos regulares e seis gerais. Pereira, que chegava ao Palácio do Planalto para uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros, procurou assegurar que a pista principal do aeroporto não teve relação com o acidente ocorrido na terça-feira. "Eu garanto que a pista não tem nada a ver com o acidente... assisti a fita (de video) e vi o que aconteceu", disse Pereira, acrescentado que ela está segura para aviões do porte do Airbus acidentado. Pereira relatou que o avião saiu da pista de Congonhas, antes de se chocar com os prédios, com a mesma velocidade com que chegou ao aeroporto, admitindo a possibilidade de ter havia defeito na aeronave ou falha humana. O brigadeiro ressaltou, porém, que só a investigação poderá dar respostas sobre as causas do acidente. Ele salientou ainda que não acha "justo" responsabilizar a Infraero. Muitas notícias logo após o desastre apontavam a ausência de ranhuras na pista de Congonhas, recentemente reformada pela Infraero, como algo que teria contribuído para a tragédia. Questionado para onde seriam transferidos os vôos com a redução do tráfego em Congonhas, Pereira indicou que Cumbica, na Grande São Paulo, e Viracopos, em Campinas, poderiam vir a absorver a demanda, admitindo até a possibilidade de jatos particulares serem transferidos para Jundiaí. Perguntado se defendia o fechamento de Congonhas, ele negou. "A não ser que alguém me diga onde colocar 20 milhões de passageiros." Ele negou pressão das companhias aéreas para que a pista principal de Congonhas voltasse a operar rapidamente após a reforma.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.