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Infraero prevê normalização de vôos na terça à noite

Estimativa é do presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira; boletim aponta que atrasos atingiam 29,9% dos vôos programados para esta segunda

Por Agencia Estado
Atualização:

O brigadeiro José Carlos Pereira, presidente da Infraero, disse nesta segunda-feira, 19, que a situação de atrasos em vôos nos principais aeroportos do País, provocadas pela pane ocorrida no domingo, 18, deve ser totalmente normalizada somente no início da noite de terça-feira, 20. Pela manhã, o brigadeiro disse, em entrevista à TV Globo, que seria difícil a situação ser normalizada na tarde desta segunda. "As companhias estão fazendo o que podem, mas não acredito que esteja tudo normalizado na tarde desta segunda. É praticamente impossível isso", afirmou. Segundo ele, a pane no Centro de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (Cindacta-1), responsável pelo controle do espaço aéreo nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste, que provocou total paralisação de vôos e decolagens na manhã desde a manhã de domingo, é responsabilidade da Aeronáutica. Pereira explicou que houve um problema técnico no programa de computador da Aeronáutica, que já foi resolvido. De acordo com a reportagem da Rádio Eldorado AM, ao ser questionado sobre quando o brasileiro poderá viajar com tranqüilidade, o presidente da Infraero disse que não tem como garantir que o problema não se repetirá. "Eu não tenho coragem de dizer ´acabou e pronto´", disse em entrevista no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. O problema no Cindacta-1 ocorreu durante 20 minutos, a partir das 10h40 de domingo. Só por volta das 14 horas o sistema informatizado voltou a funcionar. Entretanto, os atrasos e o congestionamento nos balcões de check-in das companhias já eram enormes e ainda refletem nesta segunda-feira. Reunião no Planalto Para discutir o apagão aéreo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião no final de manhã desta segunda no Palácio do Planalto. O presidente questionou o motivo do problema que causou novos atrasos em vôos nos principais aeroportos do País desde a tarde de domingo. Participaram da reunião, que durou cerca de uma hora, os ministros da Defesa, Waldir Pires, da Casa Civil, Dilma Rousseff e do Gabinete de Segurança Institucional, general Armando Felix, o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, a diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu e o diretor de operações da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), Rogério Barcellay. Atrasos O boletim parcial divulgado por volta das 15h30 pela Infraero aponta que houve um ligeiro aumento no porcentual de vôos atrasos. Segundo a Infraero, até às 14 horas, 29,4% dos vôos apresentaram atrasos superior a uma hora (até o meio-dia 29,2% tiveram atrasos). Segundo a estatal que administra os aeroportos, dos 1.010 vôos programados para esta segunda-feira, 297 registravam atrasos. Até às 15 horas, a situação mais complicada era verificada no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, onde cerca de 20 vôos, entre chegadas e partidas, apresentavam atrasos que chegavam a até 3 horas, segundo o site da Infraero. No Aeroporto Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, aproximadamente doze vôos mostravam atrasos. Um vôo da Gol com destino a Porto Alegre deveria ter decolado às 9h50, mas só saiu do terminal aeroportuário por volta das 15 horas, com cinco horas de atraso. Em São Paulo, o Aeroporto de Congonhas apresentava aproximadamente seis vôos com atrasos de até três horas. O Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck, em Brasília, registrava sete atrasos de até três horas. No Aeroporto Santos Dumont, no Rio, seis vôos tinham atrasos e dois vôos foram cancelados. Colaboraram Pedro Henrique França e Amanda Valeri Texto ampliado às 15h45

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