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Inquérito apontará Arruda como chefe do esquema

Por Vannildo Mendes
Atualização:

O ex-governador José Roberto Arruda (sem partido) deverá ser relacionado em cerca de oito condutas criminosas e apontado como "cabeça da quadrilha", investigada pela Operação Caixa de Pandora, no relatório que a Polícia Federal começa a fechar hoje para entregar à Justiça até a próxima quinta-feira, fim do prazo para conclusão do inquérito.A PF informou que o delegado Alfredo Junqueira, encarregado do inquérito, usará o dia de hoje para análise das provas e definição de todos os artigos do Código Penal violados pelos acusados. Os depoimentos finais, determinados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), serão tomados na segunda e terça-feira. Os crimes atribuídos ao grupo incluem corrupção ativa e passiva, peculato, formação de quadrilha, fraude em licitação, crime eleitoral, sonegação tributária e improbidade administrativa. No caso de Arruda há vários agravantes, entre os quais o uso do poder para obstrução da Justiça e a tentativa de suborno ao jornalista Edson dos Santos, o Sombra, testemunha-chave, além de falsidade ideológica. Com base nas perícias em vídeos e documentos apreendidos e nas provas reunidas nos últimos quatro meses de investigação, o relatório citará mais de 30 outros envolvidos no escândalo.Ontem, foram tomados cinco depoimentos. Entre eles, o do ex-deputado Júnior Brunelli, flagrado em vídeo fazendo a oração da propina e o ex-corregedor-geral do DF, Roberto Giffone, acusado da farsa dos panetones para justificar as propinas a Arruda. Os deputados Benício Tavares (PMDB) e Rogério Ulisses (PSB) negaram ter recebido propina. A deputada Eurides Brito (PMDB) alegou problemas e saúde e não compareceu. /

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