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Integrante da executiva da CUT é morto no Rio

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Sindicato de Trabalhadores da Indústria de Energia Elétrica (Sintergia) e integrante da Executiva Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Aldanir Carlos do Santos, de 39 anos, foi assassinado na noite de sábado, próximo à Vila Aliança, em Bangu, na zona oeste do Rio. Ele foi atingido por um tiro na cabeça. O presidente nacional da CUT, João Felício, divulgou nota, pedindo a apuração do episódio, que pode ser o nono caso, em 10 anos, de sindicalista morto no Estado por causa da atividade política. A polícia, no entanto, ainda não confirmou se o crime teve motivação política. Aldanir, pré-candidato a deputado estadual pelo PT, participou de uma reunião na noite de sábado no bairro de Vila Kennedy, zona oeste. Ele deixou o encontro em companhia de um colega de partido, Márcio dos Santos, de 18 anos. Poucos metros depois, Aldanir foi abordado por três homens em um carro ao parar num sinal de trânsito. Um deles bateu no vidro do Fiat Brava do sindicalista. Quando ele baixou o vidro, levou um tiro na cabeça. Aldanir chegou a ser socorrido. Ele foi levado por uma ambulância do Corpo de Bombeiros para o Hospital Carlos Chagas, mas não resistiu aos ferimentos e morreu pouco depois de ser atendido. O caso foi registrado como tentativa de assalto, na 34.ª DP (Bangu), mas companheiros de Aldanir cobram a investigação da hipótese de execução. "Pode ser assalto, como pode não ser. Essa cidade é o caos. Mas estou preocupado, porque essa pode ser a nona morte de um sindicalista que vai ficar impune", afirmou o presidente da CUT-RJ, Antônio Carlos Carvalho, bastante emocionado. Para ele, aparentemente, Aldanir não estava recebendo ameaças de morte. Atualmente, o sindicalista negociava o reajuste salarial dos funcionários da Light, mas as negociações foram suspensas depois que a CUT protestou contra o aumento das tarifas. "Mas tem também as atividades da vida militante com que a gente sempre está envolvido". O vereador Edson Santos (PT-RJ) também não soube apontar quem poderia querer a morte de Aldanir. "Todas as hipóteses têm que ser apuradas. Nada pode ser descartado", afirmou. O vereador foi a primeira pessoa a chegar ao local do crime. Ele esteve na mesma reunião da qual Aldanir participou e foi avisado por Márcio que o sindicalista havia sido baleado. Aldanir tinha dois filhos, um de 18 e outro de 16 anos.

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