
12 de setembro de 2010 | 00h00
Técnicos que trabalhavam na área de finanças do TJ do Amapá assumem a fiscalização dos pagamentos feitos nas secretarias estaduais para evitar gastos suspeitos. Nenhuma decisão de secretariado será tomada sem aval do governador interino. "É uma intervençãozinha branca", disse ao Estado o desembargador Ramos. "Não podemos suspender tudo porque tem merendeira para receber, contas de emergência que não podem deixar de ser pagas. Mas essas a gente sabe que são pagamentos corretos."
A confusão no Amapá começou na sexta-feira durante a Operação Mão Limpas, feita pela Polícia Federal. Foram presas 18 pessoas, incluindo o ex-governador Waldez Góes (PDT), que saiu do cargo em abril para concorrer a uma vaga ao Senado, e o governador Pedro Paulo Dias (PP). Eles são suspeitos de terem desviado, segundo a PF, cerca de R$ 300 milhões de recursos públicos do Estado. A prisão temporária tem prazo de cinco dias e pode ser renovada por outros cinco.
Ontem a confusão política na cidade era grande. Correligionários do governador preso, que é candidato a reeleição, se reuniram com bandeiras e trio elétrico. Os outros concorrentes ao governo, Lucas Barreto (PTB), Camilo Capiberibe (PSB) e Jorge Amanajás (PSDB) não suspenderam a campanha.
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