PUBLICIDADE

''Interlocutor'' de Brasília pediu quebra de sigilo

Por Tania Monteiro e Rui Nogueira
Atualização:

O inquérito da Polícia Federal que investiga a violação dos sigilos fiscais dos tucanos e familiares vai apontar que havia um "interlocutor em Brasília". O Estado apurou que a PF já tem o nome da pessoa que fazia a intermediação dos pedidos de violação dos dados que eram coletados em delegacias da Receita Federal nos municípios de Mauá e Santo André.O delegado titular do caso, Hugo Uruguai, vai dizer que o acesso aos dados fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, e de ao menos outras três pessoas ligadas ao candidato tucano à Presidência, José Serra, foi mesmo uma violação de sigilo. Em Santo André foi registrada a violação do sigilo fiscal de Verônica Serra e de Alexandre Bourgeois, filha e genro de Serra.Até o momento, a PF não pode fazer a ligação da coleta ilegal desses dados com as informações que integravam um dossiê montado por assessores que trabalhavam para o comitê de campanha da candidata petista Dilma Rousseff. Em depoimento à PF, o contador Antonio Carlos Atella Ferreira disse que pediu os dados fiscais de Verônica, em Santo André, por solicitação de Ademir Estevam Cabral. Atella contou que Cabral o procurou em setembro de 2009 e pediu as declarações de imposto de renda dizendo que eram "para um pessoal de Brasília e de Minas".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.