Investigadores do Denarc condenados por concussão

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Por Agencia Estado
Atualização:

Dois investigadores do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) e um "ganso" (colaborador), acusados de conivência com o tráfico de entorpecentes e outros crimes na "Cracolândia", no centro de São Paulo, foram condenados nesta segunda-feira por crime de concussão - corrupção de funcionário público - pelo juiz José Zoega Coelho, da 7ª Vara Criminal. Os policiais José Carlos Castilho e Mauro Cézar Bartholomeu foram condenados a 6 anos de reclusão, inicialmente em regime fechado, mais multa de 50 salários mínimos e perda do cargo. Já o "ganso" Givanildo José de Lima Siqueira Campos vai ter de cumprir 7 anos de reclusão e pagar multa de 12 salários mínimos. O juiz negou aos três sentenciados, detidos preventivamente no Presídio Especial da Polícia Civil desde dezembro do ano passado, o direito de apelar em liberdade. O processo foi desmembrado com relação a três outros investigadores - Hélio Carlo Barba, Alessandro Ramos da Silva, o Japonês, e Guilherme Pallazzo. Eles estão em liberdade provisória desde 17 de abril. Observados e filmados durante cerca de 20 dias, em novembro e dezembro de 2001 por promotores do Grupo de Atuação Especial do Ministério Público (Gaeco), os acusados aparecem nas imagens agredindo e possivelmente extorquindo dinheiro de pessoas nas Ruas General Osório, Protestante e Mauá. Essa circunstância levou a defesa a pedir absolvição dos réus, sob a alegação de que a prova, além de ser ilícita, é insuficiente. Assim, os promotores que fizeram a coleta direta de provas antes do oferecimento da denúncia perderam a imparcialidade para atuar na causa. Em sua sentença, o juiz absolveu os réus das acusações de tortura contra prostitutas.

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