SÃO PAULO - O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Rio informou nesta sexta-feira, 16, que realiza testes para definir a técnica que será usada para a remoção da tinta na estátua do Cristo Redentor, pichado na quinta por vândalos.
Os trabalhos serão realizados durante o fim de semana para evitar a consolidação da fixação da tinta aplicada pelos pichadores nos braços, rosto e peito do monumento. O instituto afirmou ainda, por meio de nota, que "em princípio será utilizado o solvente menos agressivo possível e indicado para o caso."
Na madrugada de quinta-feira, vândalos subiram nos andaimes que cercam a estátua devido a uma obra de restauro e picharam o monumento. Os pichadores escreveram frases como "onde está a engenheira Patrícia?" e "quando os gatos saem, os ratos fazem a festa". Ninguém foi detido.
As inscrições foram vistas quando a ministra do Meio Ambiente, Izabella Mônica Vieira Teixeira, e o prefeito do Rio, Eduardo Paes, sobrevoavam o Parque Nacional da Tijuca. Paes classificou a ação como "crime de lesa-pátria."
Recompensa
Paes revelou que um grupo de empresários ofereceu até R$ 10 mil em recompensa por informações sobre a identidade dos vândalos que picharam a estátua. O acesso ao ponto turístico continua fechado, por causa dos deslizamentos de terra na estrada de acesso e nos trilhos dos trens ocorridos na semana passada.
"A limpeza de ser concluída no sábado ou domingo", informou a arquiteta Márcia Braga, responsável pela restauração do Cristo.. A Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal também abriu procedimento investigatório para apurar o caso.
Por meio de uma nota, a PF disse que para o crime de pichar um monumento público está prevista a pena de até um ano e multa.