PUBLICIDADE

Irmã de Pedrinho é condenada por usar passaportes falsos

Por Agencia Estado
Atualização:

A Justiça Federal de Goiás condenou a dois anos e quatro meses de prisão Christiane Michelle Martins da Silva, uma das irmãs adotivas de Osvaldo Borges Filho, o Pedrinho, seqüestrado em uma maternidade de Brasília, há 16 anos. Ela foi condenada por utilizar três passaportes falsos para entrar na Espanha, de onde foi expulsa por duas vezes sob a alegação, conforme documentos de autoridades locais, de ?carência de meios lícitos de vida?. Christiane, filha adotiva da empresária goiana Vilma Martins Costa, pode recorrer da sentença. Além dela, outras três amigas, que cederam os documentos para a realização da fraude, foram condenadas a 1 ano e quatro meses de prisão, cada uma. O processo, que foi julgado nesta quinta-feira pelo juiz da 11ª Vara Federal de Goiânia, José Godinho Filho, foi aberto em 1998 pela Polícia Federal, depois de descobrir que Christiane usou o registro de nascimento da empregada doméstica Zélia Maria Elias de Souza. Com ele, Christiane tirou os demais documentos e, em seguida, o passaporte. Em fevereiro e julho do mesmo ano ela viajou à Espanha, com nome falso, já que não poderia retornar àquele país com seu nome verdadeiro. Mas, ao retornar ao Brasil, Christiane perdeu o passaporte que tinha com nome de Zélia. Por isso, recorreu à amiga Lázara de Oliveira Barros, de quem pediu alguns documentos emprestados. Para não deixar pistas, foi à delegacia da PF em Anápolis, já que o primeiro passaporte havia sido tirado na superintendência em Goiânia. Pouco depois, novamente Christiane teve a ajuda de uma amiga, Elaine Nunes da Silva, para pedir outro passaporte, utilizando os métodos anteriores. Christiane confirmou na Justiça que já havia sido expulsa da Espanha uma vez e confessou que pediu a certidão de nascimento de Zélia para adquirir um novo passaporte, ?já que não poderia retornar com seu nome verdadeiro?. Mas Christiane também fora expulsa do país usando o passaporte em nome de Elaine Nunes da Silva, conforme um documento expedido em maio de 1995 pelo responsável pela inspetoria da Direção Geral de Polícia do Ministério do Interior da Espanha, em Valladolid, Carlos Hernandez Espinosa, sugere a expulsão da irmão adotiva de Pedrinho. Segundo o documento, Christiane, que usava o nome de Elaine ? foi localizada no hotel ?Juana I de Castilla?, um local, como diz a própria notificação, ?trata-se de estabelecimento conhecido publicamente como estabelecimento freqüentado por mulheres que se dedicam a alternar com clientes e ao exercício da prostituição?. As autoridades espanholas afirmaram que a irmã adotiva de Pedrinho carecia de ?meios lícitos de vida?.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.