Irmãos acusados de planejar a morte de pai são julgados

Em maio de 2003 a analista de sistemas e funcionária pública Ângela Harada, na época com 36 anos, e o irmão dela, George Harada, de 22 anos, planejaram matar o pai

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Um caso semelhante ao de Suzane Richthofen, que confessou o assassinato dos pais Manfred e Marísia, foi julgado nesta terça-feira, 09, na cidade de Caçapava, no Vale do Paraíba. Em maio de 2003 a analista de sistemas e funcionária pública Ângela Harada, na época com 36 anos, e o irmão dela, George Harada, de 22 anos, planejaram matar o pai, Kazuo Harada, de 64 anos, em um latrocínio simulado. Pagaram R$36 mil para que cinco pessoas executassem o assalto e matassem o comerciante, durante um assalto à residência onde a família morava. A mãe e mulher de Kazuo, Maria Harada, também sabia do crime e naquela noite foi cúmplice dos filhos. Kazuo Harada estava dormindo quando os supostos assaltantes chegaram. Foram até o quarto e fizeram dois disparos. Os filhos foram ao enterro do pai, mostrando-se abalados, para não chamar a atenção da polícia. Um mês depois a polícia descobriu que os irmãos tinham encomendado o crime. Em depoimento gravado pela polícia, a filha comentou o desejo de se vingar do pai, alegando agressões e atos violentos contra a família. "Meu sonho, desde os doze anos, sempre foi matar meu pai". Réus confessos, todos foram presos e hoje, apenas Maria Harada, a viúva, responde pelo assassinato em liberdade. Na época, uma das hipóteses da polícia é que a família queria se apossar de um patrimônio de cerca de R$1 milhão. A ex-funcionária pública e o ex-universitário, Ângela e Georges, estão presos em São José dos Campos há quase três anos. Nesta terça-feira, depois de seis horas de julgamento, cada um foi condenado a 14 anos de prisão. O Ministério Público deve recorrer da decisão do juiz José Aparecido Rabelo, presidente do júri de Caçapava, por considerar a pena baixa demais para o crime hediondo. Eles foram julgados em regime fechado, inicialmente, o que possibilita o cumprimento de um terço da pena e, depois, o cumprimento do restante em regime semi-aberto. O júri popular dos outros acusados, Rodolfo Luiz da Silva Alves, Eduardo Ribeiro da Silva, que seria o autor dos disparos, Paulo Henrique Costa, Adriano Ribeiro de Godoi e Shirlei da Silva deve ser marcado para julho.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.