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Isolada, Marta falta a reuniões do PT

Às vésperas de encontrar Lula e após conversa com Dilma, senadora diz manter pré-candidatura, mas ausências surpreendem petistas

Por Diego Zanchetta e Fernanda Bassette
Atualização:

Isolada pelas principais lideranças do PT, a senadora Marta Suplicy (SP) faltou a dois encontros com pré-candidatos à Prefeitura paulistana, ontem e anteontem. As ausências deram força a rumores de que a ex-prefeita abrirá mão da disputa, apesar de assessores negarem a desistência.Marta tem reunião marcada para amanhã com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que reservou o dia para também conversar com os deputados federais Jilmar Tatto e Carlos Zarattini, ambos pré-candidatos. No encontro, Lula deve expor seus argumentos favoráveis à candidatura do ministro Fernando Haddad (Educação).Ontem à tarde, no encontro do PT em Pirituba, zona norte, a ausência de Marta surpreendeu tanto os militantes quanto os dirigentes do partido. Coube ao presidente municipal do PT, vereador Antonio Donato, anunciar de forma constrangida que a senadora não iria ao encontro. Ao lado, Zarattini se mostrou surpreso com a nova ausência de Marta - na sexta-feira, ela havia alegado razões pessoais para faltar à reunião na Lapa. "Ainda estou processando a informação", disse o pré-candidato.No encontro do diretório de Pirituba, petistas lembraram que a senadora esteve com a presidente Dilma Rousseff na semana passada. "Ela percebeu que está sem saída", disse um deputado, que pediu anonimato. Procurados, aliados de Marta preferiram não comentar ontem as duas ausências da senadora.Campanha. Quem defendeu em público a senadora e amenizou as faltas foi justamente seu principal adversário no processo. Haddad participou de dois eventos na capital antes da reunião do PT e minimizou o fato de Marta não ter participado do encontro de sexta-feira, na Lapa."Eu mesmo tive de faltar no primeiro debate por razões profissionais, fiquei retido em Brasília", afirmou o ministro. "É natural, em 36 encontros, você faltar em algum. Marta não pôde ir, mas mandou avisar as razões"Haddad também passou pela Brasilândia, na zona norte. Lá, anunciou a instalação de uma escola de ensino técnico. Mas, para isso ser possível, pediu a comunidade que encontre um terreno para essa construção e que "sensibilize a Prefeitura para desapropriar alguma área".O ministro também disse que cobrou do prefeito Gilberto Kassab agilidade na desapropriação de outro local, na zona leste, para erguer um novo câmpus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

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