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Bolsonaro quer trocar 'genitor' por 'pai' e 'mãe' em passaportes brasileiros

Bolsonaro afirmou que campos serão substituídos por 'pai' e 'mãe', medida com o objetivo de fortalecer estruturas familiares

Por Teo Cury
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, 11, que o Itamaraty pretende remover os campos "genitor 1" e "genitor 2" dos formulários dos passaportes brasileiros e a inserir os termos pai e mãe no lugar.

A medida faz parte de uma agenda que inclui o fortalecimento de estruturas familiares e a exclusão das menções de gênero para que o País possa garantir sua reeleição à Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). Bolsonaro recebeu cerca de 80 parlamentares evangélicos para um café da manhã no Palácio do Planalto.

Os campos "genitor 1" e "genitor 2" estão presentes no formulário de solicitação de passaporte Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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"Estamos disputando na ONU nossa candidatura à reeleição na Comissão de Direitos Humanos. Nossa pauta é baseada no fortalecimento das estruturas familiares e na exclusão das menções de gênero. O nosso Itamaraty, que tem à frente o embaixador Ernesto Araújo, em nosso passaporte nós estamos acabando com a história de 'genitor 1' e 'genitor 2'. Estamos botando os termos 'pai' e 'mãe'", afirmou. Ele foi aplaudido pelos parlamentares.

'Genitor' não está presente nos passaportes brasileiros

Apesar de o presidente ter feito referência ao passaporte, no documento brasileiro consta apenas o campo "filiação". Os campos "genitor 1" e "genitor 2" estão presentes no formulário de solicitação de passaporte. 

"Esses campos ('genitor 1' e 'genitor 2') presentes no formulário substituem os campos 'Nome do Pai' e 'Nome da Mãe', e são de livre preenchimento, em face da possibilidade de novas constituições familiares, inclusive para união homoafetiva", informa a Polícia Federal. A informação está no site do órgão na área de dúvidas sobre o preenchimento do formulário de solicitação de passaporte e foi publicada em julho de 2018.

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