Já são oito os mortos em ataques do PCC em São Paulo

Em 20 ações registradas até a meia-noite de sexta-feira, 9 pessoas ficaram feridas em ataques atribuídos à organização criminosa

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Por Agencia Estado
Atualização:

Ataques atribuídos ao Primeiro Comando da Capital (PCC) deixaram oito mortos: quatro policiais civis e um militar, além de um agente carcerário, em São Paulo, e dois guardas civis de Jandira, na Região Metropolitana. Em 20 ações registradas até a meia-noite de sexta-feira, 9 pessoas ficaram feridas. Segundo o diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), Antônio Chaves Martins Fontes, um policial civil foi morto em Guaianases, na zona leste. Outro investigador foi assassinado na Rua Clodomiro Amazonas, no Itaim-Bibi, zona sul. Um PM foi morto em Osasco. Em Jandira, um carro da Guarda Civil foi atacado no Jardim Gabriela, perto das 21h30. Os dois ocupantes morreram. Na Capela do Socorro, zona sul, um escrivão e um agente policial morreram em duas ações diferentes. Um agente carcerário da Polícia Civil foi assassinado no Jardim das Imbuais, ao deixar a casa da namorada. Ele trabalhava no 85º Distrito Policial (DP), no vizinho Jardim Mirna. A zona leste foi a região com mais casos registrados. Em São Mateus, uma base da PM foi atacada, deixando um policial ferido na perna e uma mulher, na mão. Bandidos atiraram contra um agente penitenciário na Vila Formosa. Na Avenida Sapopemba, um PM foi atingido no ombro. Outros três PMs se feriram em ataques a bases na zona leste. Em Cubatão, dois bandidos em uma motocicleta atiraram contra um investigador, que está gravemente ferido, e uma carcereira. No Parque São Rafael, homens armados em 15 carros atacaram o 55º Distrito Policial. Acredita-se que o mesmo grupo atacou o 58º DP, em Cidade Tiradentes. Não houve feridos. Em Parada de Taipas, zona norte, bandidos tentaram invadir o 74º DP. Houve tiroteio, sem feridos. Outras delegacias foram atacadas em Barueri e no Guarujá, sem deixar vítimas. Marcola Sete líderes do PCC foram levados à sede do Departamento Estadual de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic), em São Paulo. Entre eles, o líder máximo, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e Rogério Jeremias, o Gegê do Mangue. Todos foram trazidos em avião da PM. Seis foram ouvidos pela Delegacia de Roubo a Bancos. O diretor do Deic, Godofredo Bittencourt, interrogou Marcola. Para evitar possíveis ataques, homens do Grupo Armado de Repressão a Roubos de Assaltos (Garra), da Delegacia Anti-Seqüestro (DAS) e do Grupo Especial de Resgate (GER) montaram um bloqueio na frente do Deic, na Avenida Zaki Narchi. Vários homens armados também investiram no final da noite de sexta-feira contra a base fixa da 2ª Companhia do 22º Batalhão, localizada na Avenida Cupecê, próximo ao Largo do Jardim Miriam, na zona Sul da capital paulista. Um soldado foi atingido pelos disparos e encaminhado ao pronto-socorro do Hospital Sabóia, no Jabaquara. Até o início da madrugada não havia informações sobre suspeitos detidos.

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