Jardim Botânico do Rio busca parcerias

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Por Agencia Estado
Atualização:

O novo presidente do Jardim Botânico do Rio, ex-deputado e ex-secretário de Meio Ambiente do Estado Lizt Vieira, assume a instituição com duas grandes questões a resolver: triplicar seu orçamento de R$ 4 milhões por meio de parcerias e patrocínios e conseguir um acordo com pouco mais de cem famílias que moram dentro de sua área para pôr fim a uma disputa judicial que já dura décadas. "Outros dois pontos importantes são entrosar a pesquisa científica desenvolvida aqui com a proposta de biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente e aumentar a divulgação do Jardim Botânico na internet", adianta Vieira que, até ser convidado para o cargo pela ministra Marina da Silva, conhecia o local como área de lazer. "Eu sabia das pesquisas mas não conhecia seu conteúdo." O Jardim Botânico do Rio é o mais antigo da América Latina - foi criado em 1808, por dom João VI - e a principal instituição de sua área, pois determina a política para o resto do País. É diretamente ligado ao gabinete da ministra do Meio Ambiente. Com uma área de 137 hectares, 54 deles abertos ao público, recebe 600 mil visitantes por ano e tem em sua coleção 35 mil exemplares de 8.200 espécies vegetais, 250 funcionários, dos quais 90 são pesquisadores. "O problema é que, dos R$ 4 milhões do orçamento, 90% vão para o custeio e só 10%, para projetos", explica Lizt. "Como nada indica que o Ministério do Planejamento vai aumentar essa verba, temos de encontrar parceiros." Atualmente, o Jardim Botânico tem 40 convênios com empresas estatais e privadas, que lhe garantem da pesquisa das espécies da mata atlântica (R$ 1.264.000 da Petrobras, em três anos) à manutenção de seu orquidário (pago pelo joalheiro Antônio Bernardo). Mas as verbas diminuíram nos últimos anos, apesar da possibilidade a instituição recorrer à Lei Roanet, que permite às empresas usar parte do imposto a pagar em projetos aprovados pelo Ministério da Cultura. Em 2000, os recursos chegaram a R$ 2,9 milhões; em 2002 reduziram-se a menos da metade, ficando em R$ 1,35 milhão. "Mas o Jardim Botânico é uma marca forte. Não será difícil encontrar parceiros. Basta haver transparência no processo. Hoje eles não aparecem nem no nosso site da internet, mas isso tem de mudar", promete Lizt Vieira.

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