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Jobim defende Aeronáutica; Saito não comenta

Por Tania Monteiro
Atualização:

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse esperar que a denúncia de que as vítimas do acidente da Gol tiveram seus documentos e objetos pessoais furtados seja "definitivamente apurada". Depois de lembrar que "de sete a nove atores" estiveram envolvidos no processo de manuseio dos pertences dos mortos, Jobim afirmou não acreditar que militares da Aeronáutica que trabalharam no resgate dos corpos possam estar envolvidos nos crimes. "Não, (eles) não têm (responsabilidade sobre o sumiço dos objetos). Eu espero que não tenha. Não creio que tenha." O resgate dos corpos na Fazenda Jarinã, no norte de Mato Grosso, onde o avião caiu em 29 de setembro, foi coordenado pelo comando da Aeronáutica. Mas, antes de os militares da FAB chegarem ao local, moradores da região e índios tiveram acesso à região e foram até mesmo responsáveis por dizer à Aeronáutica o ponto exato onde estava a aeronave. Além dos militares, funcionários da própria Gol e da Blake Emergency Services - empresa inglesa contratada pela companhia aérea para fazer a desinfecção e higienização de todos os pertences -, também manusearam os objetos. O ministro disse que soube da denúncia ainda ontem e comentou que se informou com a Aeronáutica sobre o episódio. "O trabalho inicial da Aeronáutica foi a entrega desse material para a empresa", disse, sem citar a Gol ou a Blake. As declarações de Jobim foram dadas em entrevista coletiva, durante visita que fez ontem a unidades militares em Manaus. Já o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, não quis comentar as denúncias.

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