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Jobim defende desapropriação para ampliar Congonhas

Por Felipe Werneck
Atualização:

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse ontem que as desapropriações previstas para a ampliação da pista do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, representam "o ônus do desenvolvimento". "Ou continuamos com algo em que não podemos otimizar a segurança, ou, se precisamos, é evidente que há sempre o sacrifício de alguns setores", declarou o ministro. Segundo Jobim, a área a ser desapropriada ainda não foi definida. "As desapropriações dependem da necessidade da pista, e não está definido o nível de ampliação", disse. "O que acertamos com o governo de São Paulo definitivamente é que a ampliação da pista visa à segurança." O ministro não citou prazos. "Toda desapropriação cria problema. Isso é o ônus do desenvolvimento." Na quarta-feira, em encontro em Brasília, o governador José Serra (PSDB) e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), acertaram com Jobim que a ampliação seria nas duas pistas de Congonhas - ambas em mil metros. Jobim também afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "já decidiu" que o Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio, será privatizado. Segundo ele, o estudo sobre o modelo de concessão a ser adotado deverá estar concluído até abril. "Aí vamos caminhar para a privatização." O Aeroporto de Viracopos e a eventual construção de um novo aeroporto em São Paulo também deverão ser concedidos ao setor privado. Sobre o posicionamento do presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), Sérgio Gaudenzi, que é contrário à privatização e na segunda-feira anunciou investimentos de R$ 600 milhões no Tom Jobim até 2010, o ministro declarou: "É uma decisão política. O presidente já decidiu. Cabe às empresas se ajustarem a isso."

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