Jobim discute com setor aéreo medidas para evitar caos

Reunião teve como meta evitar os problemas que podem surgir em dezembro, com o início das férias de verão

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Por Tania Monteiro
Atualização:

Em uma reunião de pouco mais de duas horas com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, os órgãos do governo envolvidos no setor aéreo discutiram medidas para melhorar o funcionamento do setor e evitar os problemas que podem surgir em dezembro, com o início das férias de verão. Essas medidas envolvem punições a empresas por atrasos ou cancelamento de vôos. Na reunião, foi discutida também a nova malha aérea que entra em vigor em 1.º de dezembro. Um ano de crise aérea  De acordo com informações do Ministério da Defesa, o governo quer criar critérios de desempenho para as empresas aéreas com conseqüente punição com a perda de horário às companhias que tiverem atrasos e cancelamentos de vôos. Estuda-se a possibilidade de aumentar o preço da taxa de permanência nos aeroportos. Atualmente, as empresas adotam a estratégia de cancelar vôos e remanejar os passageiros para outras aeronaves com o objetivo de economizar custo. O avião que teve o vôo cancelado fica, então, parado nos pátios dos aeroportos. A medida discutida nesta terça pretende aumentar o custo de permanência dos aviões nos pátios, de forma a punir financeiramente as empresas. Também foram discutidas formas de obrigar as empresas aéreas a participarem do Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea, central que tem informações sobre todo o tráfego aéreo e funciona no Rio de Janeiro. O objetivo do governo é conseguir com que todas os atores, sentados à mesma mesa, consigam solucionar mais rapidamente os problemas da malha aérea. A avaliação do Ministério da Defesa é que atualmente as empresas não têm participado desta central. O grupo também discutiu a criação de um núcleo de acompanhamento nos aeroportos, com representantes da Anac, Infraero e Aeronáutica. Esse núcleo funcionaria como uma força-tarefa permanente e teria como função identificar quais os problemas que ocorre e em que vôos. Isso permitiria que as empresas aéreas seriam obrigadas a fornecer ao núcleo informações que hoje elas evitam transmitir aos passageiros. A idéia é instalar esses núcleos nos principais aeroportos - Guarulhos, Congonhas, Galeão, Salvador, Recife, Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba e Manaus. Outro ponto de discussão foi a reavaliação de procedimentos para aumentar a fiscalização dos aviões pequenos, chamada de aviação geral. A meta é melhorar esta fiscalização com a atualização de procedimentos e manuais, adaptação de manuais brasileiros a estrangeiros e reavaliação de procedimentos.

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