Jobim reafirma que destroços são do avião

Alheio às críticas, ministro declara que estrutura para receber corpos está preparada

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Por José Newton Falcão
Atualização:

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, alheio às críticas que recebeu por declarações consideradas "precipitadas", reafirmou ontem, em São Borja (RS), que parte dos destroços encontrados pelas embarcações da Marinha são mesmo do avião da Air France que caiu no Oceano Atlântico no domingo. Ele chegou a São Borja pela manhã para vistoriar a Operação Fronteira Sul, que se desenvolve no município, sob a coordenação do Comando Militar do Sul. À tarde, seguiu para Santa Maria. Jobim comentou que parte do material localizado é lixo descartado por navios e outra parte é formada por pedaços da aeronave francesa. "Fizemos em Fernando de Noronha um ponto de apoio, onde já está um container frigorífico, para o caso de ser localizado algum corpo", comentou. Na terça-feira, em conversa com parentes das vítimas, no Rio, ele chegou a afirmar que corpos deveriam boiar em até 70 horas. Já se passaram mais de 130 horas e nenhum foi localizado. O ministro declarou que ainda não existem dados consistentes sobre as causas do acidente e que isto é objeto de investigação das autoridades francesas, conforme determina convenção internacional que trata do assunto. O material encontrado será levado para Fernando de Noronha onde passará por uma primeira avaliação dos peritos da Aeronáutica. O ministro disse também que está apenas momentaneamente na vida pública e que não irá concorrer a qualquer cargo nas próximas eleições, nem mesmo como vice da ministra Dilma Rousseff. A operação Fronteira Sul ocorre em toda a extensão da fronteira do Brasil com a Argentina, Uruguai e Paraguai. Além do treinamento dos soldados, a operação visa a reprimir o tráfico de drogas e de armas, a coibir e roubose a tentar aproximar o Exército da comunidade.

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