O ministro da Defesa, Nelson Jobim, reagiu nesta segunda-feira, 8, a críticas de que teria se precipitado ao relacionar os destroços encontrados no mar ao Airbus da Air France que desapareceu na rota Rio-Paris na noite de domingo, 31. Jobim declarou que optou por falar dos destroços para aliviar a angústia das famílias das vítimas do acidente. Ele também defendeu o trabalho das Forças Armadas brasileiras. "É um trabalho extraordinário, irretocável."
Um dia após o ministro ter feito a declaração, a Aeronáutica o desmentiu, apontando que as peças eram de madeira e não poderiam pertencer ao avião. Jobim negou ter errado, pois se referia a uma trilha de destroços que eram do Airbus e depois se dissiparam no mar. "Acho absolutamente irrelevante o que foi dito pela imprensa francesa porque, na verdade, os destroços eram do próprio avião", disse em evento do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), na capital paulista.
Em resposta às acusações, o ministro mostrou indiferença. "Tenho costas de crocodilo e arrogância de gaúcho", disse Jobim, nascido em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. "Nunca me abalei com críticas, aguento tudo, não me emociono."