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Jornalista é assassinada em lua-de-mel

Por Agencia Estado
Atualização:

A jornalista Sueli Jacinto, de 42 anos, e o taxista Claudionor Almeida de Souza, de 54 anos, casaram-se às 10 horas desta segunda-feira e, no mesmo dia, viajaram em lua-de-mel para Praia Grande, na Baixada Santista. Nesta terça-feira, um dia depois, Sueli foi encontrada morta na cozinha da casa alugada pelo casal, na Rua São José, 173, na Vila Caiçara. Ela era assessora de imprensa do vereador José Olímpio (PMDB), da Câmara de São Paulo (ele foi seu padrinho de casamento), e era produtora da Rede Mulher. Nesta terça à noite, Souza estava sendo ouvido pela polícia, no 2º Distrito Policial de Praia Grande. Até as 21h30, o depoimento ainda não havia terminado. De acordo com Souza, ele e Sueli chegaram à Praia Grande por volta das 16 horas desta segunda. Às 16h30, ele retornou a São Paulo, de ônibus, para pegar documentos do carro, que havia esquecido na capital. Por volta de 1 hora desta terça, voltou à Praia Grande. Encontrou a casa fechada e o carro na garagem. Souza disse que procurou Sueli em hospitais e delegacias e retornou à casa três ou quatro vezes para saber se ela havia voltado. A busca se estendeu até as 6 horas. Foi quando chamou um chaveiro e, com a ajuda dele, entrou na casa e encontrou a mulher morta na cozinha. Ela estava caída no chão, com as mãos e os pés amarrados para trás. A cabeça estava dentro de uma bacia, com água e sangue. Estava descalça e usava um maiô. Tinha lesões do lado direito da cabeça. Uma corda de náilon e uma toalha envolviam o pescoço. Ao lado do corpo havia uma faca de cozinha e um rolo de macarrão, com uma das extremidades quebrada. Havia também um martelo de madeira, próprio para amassar carne. "Havia sangue espirrado por tudo quanto era lugar: na geladeira, na parede", descreveu uma funcionária administrativa do 2º DP, que esteve na casa. O casal pretendia ficar alguns dias no local. Sueli casou-se nesta segunda-feira no civil e, no sábado, haveria outra cerimônia, na Igreja Universal do Reino de Deus. Nesta terça, abalados, os convidados do casamento recordavam os detalhes. Após a cerimônia, o casal participou de um almoço na Rua Frei Caneca. Ela trabalhava há três anos com José Olímpio. "Está todo mundo pasmo, ninguém sabe o que aconteceu e todo o pessoal do gabinete ficou abalado", disse o vereador.

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