Jovem confessa assassinato, pede para ser preso e é liberado

Ele não pôde ser encarcerado por não existir mandado de prisão ou flagrante do crime

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Por Agencia Estado
Atualização:

André Ricardo Rechi, de 18 anos, ligou para a polícia, no final da tarde de quinta-feira, 9, e confessou um crime ocorrido em outubro de 2005, quando ainda era menor, do qual é investigado por latrocínio, e pediu para ser preso, em Franca, na região de Ribeirão Preto. Rechi queria pagar logo pelo ato cometido. Ele foi levado à Delegacia de Investigações Gerais (DIG), ouvido informalmente e liberado. Voltou chateado para casa. Não pôde ser preso. Motivo? Não existe mandado de prisão ou flagrante do crime. Rechi foi investigado pela morte do taxista André Luiz Bastos Tozato, de 27 anos, em outubro do ano passado, crime ocorrido no Jardim do Éden. No inquérito de latrocínio, segundo o delegado Eduardo Lopes Bonfim, existem várias provas contra Rechi, que, durante a investigação, negou sua participação no crime. Para o delegado, as versões dadas por Rechi na quinta-feira são estranhas. O rapaz estava com um curativo no olho esquerdo. Segundo ele, teria tentado se matar com um tiro no próprio queixo, em Goiás. Mas só teria conseguido ficar cego do olho esquerdo e ainda com a bala alojada na cabeça. Bonfim disse que investigará a informação. Para o delegado, Rechi teria se entregado e confessado o crime porque estaria sob ameaça nas ruas. Na cadeia, talvez ele se sentisse mais seguro. O processo agora tramita no Fórum de Franca e, na próxima semana, o juiz da Vara de Execuções Criminais, José Rodrigues Arimatéa, deverá ouvi-lo. Para ser preso, agora Rechi precisa repetir a confissão dada na delegacia em juízo e aguardar a sua sentença, caso seja realmente condenado.

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