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Juiz afastado pelo STJ não é o único sob investigação

Por Agencia Estado
Atualização:

Emblemático, o caso do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Vicente Leal não é o único que envolve magistrados sob investigação da Justiça. Só no STJ tramitam pelo menos quatro processos ? criminais ou administrativos ? contra juízes. Além da ação disciplinar para apurar a suposta participação de Leal em esquema para venda de habeas-corpus a traficantes, estão em curso ações criminais relativas a fraudes em declarações de Imposto de Renda e a ameaças de morte. Na próxima quinta-feira, a Corte Especial do STJ deverá analisar a denúncia do Ministério Público Federal contra o desembargador Roberto Hadad, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. O MP pediu seu afastamento porque ele teria falsificado a documentação do Imposto de Renda para mascarar a origem de seu patrimônio. Em março, o desembargador Etério Ramos Galvão, ex-presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, foi afastado pelo STJ até a conclusão de uma ação penal sobre seu envolvimento em vários crimes, como seqüestro, indução a aborto sem consentimento da gestante e ameaça de morte. Na onda de denúncias contra integrantes do STJ, até mesmo o nome da servidora Adélia Cecília Naves, esposa do presidente do tribunal, ministro Nilson Naves, foi associado ao esquema de concessão de decisões judiciais para favorecer traficantes. Recentemente, no entanto, a comissão disciplinar do STJ concluiu pelo arquivamento do caso. Entendeu que não havia elementos que indicassem a ligação de Adélia com as irregularidades. Há também um processo no Tribunal Regional Federal (TRF) de Brasília. O desembargador Eustáquio da Silveira e sua mulher, a juíza federal Vera Carla, do TRF, foram afastados em fevereiro sob suspeita de ligação com o esquema de venda de decisões judiciais em favor de traficantes.

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