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Juiz condena envolvidos no incêndio do Canecão Mineiro

Por Agencia Estado
Atualização:

A Justiça de Minas Gerais condenou sete envolvidos no incêndio na casa de shows Canecão Mineiro, ocorrido na madrugada de 24 de novembro de 2001, em Belo Horizonte, quando sete pessoas morreram e outras 197 ficaram feridas. A sentença foi divulgada no final da tarde de ontem. O juiz Alberto Deodato Maia Barreto Neto, da 9ª Vara Vara Criminal do Fórum Lafayette, entendeu que houve omissão, imprudência e negligência por parte dos acusados. O dono da casa de shows, o empresário Rubens Resende Martins; o produtor da banda ?Armadilha do Samba?, Roger Gonçalves de Melo, e os integrantes Cleverson de Freitas Paim e Cleyton de Freitas Paim, foram condenados a quatro anos, um mês e quinze dias de prisão, em regime semi-aberto, por homicídio culposo ? quando não há intenção de matar ? e lesão corporal culposa. Pelos mesmos crimes, o administrador do Canecão Mineiro, Reinaldo Martins Resende, recebeu pena de três anos e nove meses, também em regime semi-aberto. Dois auxiliares da banda, Alexander da Silva Guimarães e Fábio Rodrigues da Silva, tiveram a pena de um ano e seis meses de detenção, em regime aberto, substituída por prestação de serviço à comunidade e limitação de fim de semana. Por serem réus primários, os condenados podem recorrer da sentença em liberdade. Outros 10 denunciados no processo ? entre eles um segurança da casa, policiais que trabalhavam como segurança no dia do evento e fiscais municipais ? foram absolvidos por falta de provas. No dia da tragédia mais de mil pessoas estavam no Canecão Mineiro, cuja capacidade máxima era para cerca de 300 pessoas. O incêndio teve início quando a banda Armadilha do Samba começou a se apresentar. Uma queima de fogos de artifício atingiu o forro do estabelecimento, feito de isopor e plástico. A casa de shows funcionava sem alvará na no bairro Barro Preto, região centro-sul da capital. Na sentença, o juiz disse que se encontra ?limitado por uma legislação retrógrada, deficiente e benevolente?, que o impediu de impor penas mais rigorosas aos acusados.

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