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Juiz determina hipoteca de sede da Rede Globo

Por Agencia Estado
Atualização:

O juiz da 6ª Vara Cível de Jundiaí, Antônio Carlos Soares de Moura e Sedeh, solicitou, nesta segunda-feira, ao juiz do 15º Cartório do Registro de Imóveis de São Paulo, a hipoteca da sede da Rede Globo, na região da Marginal de Pinheiros, em São Paulo. O juiz atendeu a requerimento do advogado Laerte de França Silveira Ribeiro, em razão da ação reparatória por danos morais movida pelo juiz Luiz Beethoven Giffoni Ferreira. O ex-juiz da Infância e Juventude de Jundiaí foi acusado em reportagem do Jornal Nacional, do dia 25 de novembro de 1999, de mandar crianças para o Exterior, em troca de dinheiro. As acusações, porém, nunca foram provadas, nem mesmo por uma CPI realizada pelo Senado, em Brasília. No despacho, Sedeh destaca parecer do jurista Rizzato Nunes, de que "tal instituto visa resguardar o interessado de eventual e futura insolvência ou fraude, conservando-se o patrimônio do vencido". A estimativa da defesa de Beethoven é de que a Globo deverá pagar ao juiz a quantia de R$ 5 milhões. Os advogados da Globo contestam em recurso a sentença, o valor, a obrigatoriedade da leitura da sentença durante o JN, o pagamento de multas e juros e vão ainda mais longe, questionando a "competência" de Sedeh, uma vez que ele trabalhou com Beethoven no passado. Os advogados Luís Fernando Pereira Filho e Andréa de Moraes Landé, do Escritório Camargo Aranha, garantem que o Jornal Nacional não agiu com sensacionalismo na defesa da emissora perante a Justiça.

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