PUBLICIDADE

Juiz manda prender mulher do prefeito de Campinas

Acusados de fraudes em licitações e corrupção, Rosely e o vice-prefeito Demétrio Vilagra são considerados foragidos

Por Tatiana Favaro e CAMPINAS
Atualização:

O juiz da 3.ª Vara Criminal de Campinas, Nelson Bernardes, decretou na noite de quinta-feira a prisão preventiva de sete pessoas ligadas à administração do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), o Dr. Hélio. Entre os acusados pelo Ministério Público de formação de quadrilha, fraudes em licitações e corrupção, estão a primeira-dama e ex-chefe de gabinete Roseli Nassim dos Santos e o vice-prefeito Demétrio Vilagra (PT), ambos considerados foragidos da Justiça até o início da noite de ontem.Rosely prestou depoimento ao Ministério Público na quinta-feira da semana passada, quando ainda estava protegida da prisão por um habeas corpus.Ela é apontada como cabeça da suposta organização criminosa desmantelada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). No início da noite de ontem, o advogado de Vilagra, Ralph Tórtima, confirmou protocolo de pedido de habeas corpus para seu cliente, cujo paradeiro era desconhecido. Vilagra chegou a ser preso, mas sua prisão foi revogada em 27 de maio. Prisões. Além da primeira-dama e do vice-prefeito, tiveram a prisão decretada o ex-secretário de Comunicação Francisco de Lagos e dois ex-diretores de órgãos municipais, também considerados foragidos. Na manhã de ontem, o ex-secretário de Assuntos de Segurança Pública Carlos Henrique Pinto e o ex-diretor da Sanasa Marcelo Figueiredo foram presos. Em maio, polícia e Ministério Público deflagraram megaoperação com 20 mandados de prisão de suspeitos de envolvimento em suposta organização criminosa que teria causado prejuízos de R$ 615 milhões aos cofres públicos. Sob acordo de delação premiada, Luiz Augusto Castrillon de Aquino, ex-presidente da Sanasa, revelou em janeiro deste ano detalhes do suposto esquema de corrupção. Ontem, Dr. Hélio não apareceu na sede da prefeitura - ele se ausentou para ir ao encontro de advogados na capital paulista. Na Câmara Municipal, repetiam-se comentários entre os vereadores de que a crise política que atingiu o prefeito deixou "a cidade abandonada". As prisões efetuadas ontem também eram um dos assuntos mais recorrentes nas conversas pelas ruas de Campinas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.