Juíza ouve testemunhas do caso do seqüestro de Geisa

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Justiça ouviu nesta segunda-feira uma testemunha de acusação e outra de defesa dos cinco policiais acusados da morte do bandido Sandro do Nascimento, seqüestrador do ônibus 174, na zona sul do Rio, em 12 de junho do ano passado. Sandro foi estrangulado dentro de um carro da Polícia Militar, depois do desfecho do crime, no qual morreu a professora Geisa Firmo Gonçalves, uma das onze pessoas mantidas como reféns dentro do coletivo. Ouvido pela juíza Maria Angélica Guimarães Guerra Guedes, do 4º Tribunal do Júri, a testemunha de acusação Artur da Rocha Nogueira Neto, que é médico, estava de plantão no Hospital da PM no dia do seqüestro. Ele atendeu o soldado Paulo Roberto Alves Monteiro, um dos acusados, que sofrera uma fratura num dos punhos ? o que confirmaria a versão de que os policiais lutaram para dominar Sandro do Nascimento dentro do carro. A testemunha de defesa, tenente-coronel Jorge Luiz Ramos, do Comando de Policiamento da Capital (CPC), disse ter trabalhado com o PM Ricardo de Souza Soares ? que teria imobilizado e estrangulado Sandro do Nascimento ? no Batalhão de Operações Especiais (Bope). Ramos afirmou que Soares sempre mostrou ser um ?excelente policial, tecnicamente bem preparado e apto a lidar com situações difíceis?, conforme divulgou o Tribunal de Justiça. Os outros acusados são Flávio do Val Dias, Márcio de Araújo David e Luiz Antônio de Lima Silva. A pedido do advogado de defesa, Clóvis Sahione, foi marcada para o próximo dia 22 a exibição de fitas de vídeo incluídas no processo. Em seguida, acusação e defesa terão três dias para apresentar alegações finais. A juíza então proferirá a setença e marcará a data do júri popular.

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