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Juíza quer mudar local do júri

Por Brás Henrique
Atualização:

Na semana passada, a juíza da 1.ª Vara Criminal de Porto Ferreira, Milena de Barros, solicitou ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que o júri popular do caso da morte de Luiz Carlos Barbon Filho ocorra em outra cidade. É o chamado pedido de desaforamento. ''O pedido não é comum por parte de um juiz", disse o advogado de acusação Ricardo Ramos. A viúva de Barbon, Katia Rosa Camargo, diz também querer que o caso seja julgado em outra cidade. "Se as testemunhas estão com medo, imagine como ficaria o júri?", comentou Katia. O pedido de desaforamento, pela nova lei do júri, deveria partir do advogado de defesa, mas, por causa do conflito entre as partes, a própria juíza fez a solicitação. Ramos acredita na aceitação do pedido pelo TJ, mas diz que a decisão deve demorar. O júri poderá ocorrer em 2009. O promotor Gaspar Pereira Silva Júnior, do Grupo de Atuação Especial Regional para Prevenção e Repressão ao Crime Organizado (Gaerco), de Campinas, atuou no processo. Cinco pessoas respondem por homicídio, tentativa de homicídio e formação de quadrilha. Quatro são policiais militares: Adélcio Avelino,capitão, Edson Ronceiro, sargento, e Valnei Bertoni e Paulo César Ronceiro, soldados. O outro é o comerciante Carlos Alberto da Costa. Todos foram presos em março. Costa é primo de Avelino (suspeito de ser o mentor do crime) e seria o dono da espingarda usada para matar Barbon, com dois tiros, em 5 de maio de 2007, no Bar das Araras. O dono do bar, Alcino Ântico, uma das principais testemunhas do crime, morreu recentemente em acidente de carro.

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