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Juíza recebe escolta para julgar pedido contra MST

Por Agencia Estado
Atualização:

A juíza Daniela Bortoliero Ventrice, titular da 1ª Vara Cível de Porto Feliz, na região de Sorocaba (cem quilômetros a oeste de São Paulo), que deve julgar ação de reintegração de posse contra o Movimento dos Sem-Terra (MST), desde esta terça-feira está sob escolta da Polícia Militar. Ela teve o pedido atendido pelo Tribunal de Justiça do Estado. A juíza disse, em entrevista ao Estado, ter motivos para se sentir ameaçada por integrantes do movimento. Há três anos, ela mandou prender um grupo de sem-terra que saqueou caminhões de alimentos na Rodovia Castelo Branco, dando a eles o tratamento de bandidos comuns. Alvo de uma manifestação liderada pelo MST, a juíza teve de fechar o Fórum para escapar da fúria dos militantes. Ela diz que o crime organizado está se infiltrando em todas as partes, criando uma situação de insegurança para o Judiciário. Sem-terra levantam acampamento As 400 famílias de sem-terra que invadiram, na última quinta-feira, a área do Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), em Porto Feliz, deixaram o local nesta terça, mas transferiram os barracos para uma área próxima. O acampamento, montado no quilômetro 99 da Rodovia Castelo Branco, em Porto Feliz, depois que os sem-terra saíram da Fazenda Santa Isabel, em Alambari, foi mudado para o km 101 da mesma rodovia. Havia dúvidas, no fim da tarde desta terça, se a nova invasão ocorreu em área particular ou do próprio Itesp. O grupo pode ter passado a linha divisória dos municípios de Sorocaba e Porto Feliz para evitar um possível despejo. O pedido de reintegração de posse formulado pelo Itesp estava sendo analisado pela juíza de Porto Feliz, Daniela Bortoliero Ventrice. Informada de que as famílias estavam saindo da área, a juíza optou por aguardar que a desocupação se complete. Segundo a coordenadora do acampamento, Maria Rodrigues, a mudança para a nova área ocorreu por orientação de técnicos do instituto. A assessoria de comunicação do Itesp informou que os sem-terra saíram por iniciativa própria do local onde estavam. Segundo o Itesp, caso a área pertença ao assentamento administrado pelo instituto, o pedido de despejo será mantido.

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