Julgamento do casal Hernandes nos EUA é adiado para dia 29

Líderes da Renascer deveriam comparecer à Justiça americana nesta quarta-feira

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Justiça americana transferiu desta quarta-feira, 24, para a próxima segunda-feira, dia 29, o julgamento dos líderes da Igreja Renascer Estevam Hernandes Filho e Sônia Haddad Moraes Hernandes, segundo o Jornal Hoje, da TV Globo. Nesta quarta-feira eles deveriam se apresentar à Justiça americana para a primeira audiência desde que foram presos, no dia 9 de janeiro. Os fundadores da Igreja Renascer foram detidos no aeroporto de Miami quando tentavam entrar nos EUA com US$ 56,5 mil, tendo declarado apenas US$ 10 mil. Os dois estão atualmente em liberdade condicional em Boca Raton. Na terça-feira, foram vistos por vizinhos quando saíam em um veículo, abaixados, do condomínio fechado em que possuem uma mansão. Eles não podem sair da região sul do Estado da Flórida e tiveram os passaportes retidos pelo governo. Na terça-feira, um júri popular composto de 25 pessoas iria avaliar se aceitaria ou não a denúncia do promotor contra os brasileiros. Os dois são acusados de contrabando de divisas e não declaração na alfândega. Caso o júri popular decida aceitar a denúncia do promotor, Sonia e Estevam serão informados por um juiz sobre as acusações que enfrentam e ouvirão também seus direitos pela Constituição americana. Depois disso, o casal pode se declarar culpado ou inocente. Se o casal for indiciado, o Departamento de Justiça marcará o julgamento para 70 dias após a data da audiência. Então, seriam julgados por um júri de 12 pessoas. Se o júri popular não acatar a denúncia do promotor, eles ouvirão do juiz que não há mais denúncias pendentes. Mas o casal ainda pode enfrentar procedimentos como extradição ou cassação do green card (documento de residência permanente para estrangeiros) por parte do Departamento de Imigração. Caso sejam condenados nos EUA, Sonia e Estevam terão de cumprir a pena de prisão no país antes de serem extraditados para o Brasil. Colaborou Patrícia Campos Mello

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