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Justiça aciona Interpol para trazer Hosmany de volta ao Brasil

Ex-cirurgião plástico está preso na Islândia porque tentou entrar no país usando o passaporte do irmão

Por Vannildo Mendes
Atualização:

O secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Junior, acionou a Interpol para que peça à polícia e às autoridades da Islândia que aguardem a comunicação formal do governo brasileiro de que tem interesse na extradição do médico Hosmany Ramos, foragido do País. A primeira sinalização, segundo Tuma Júnior, será entregue ainda nesta quarta ou quinta-feira ao governo da Islândia.

 

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O pedido formal de extradição, com todos os dados e documentos exigidos pela legislação internacional, chegará dentro de no máximo duas semanas. Para agilizar as providências, o secretário disse que, ainda na terça, pediu os dados da fuga de Hosmany à direção do Presídio de Rio Preto, onde o ex-cirurgião plástico cumpria pena. Pediu também ao juiz da comarca de Valparaiso cópia do mandado de prisão do médico.

 

Como o Brasil não tem tratado de extradição com a Islândia, o pedido será baseado no princípio da reciprocidade que rege as relações entre os dois países. O mesmo princípio, incentivado pela Organização das Nações Unidas (ONU) entre seus membros, foi usado com êxito com o Principado de Mônaco, com o qual o Brasil também não tinha tratado, no caso da extradição do banqueiro Salvatore Cacciola.

 

Preso em 1981 e condenado a 53 anos de prisão por diversos crimes, inclusive assassinatos, contrabando e até roubo de aviões, Hosmany estava foragido desde o fim de 2008, quando não retornou à Penitenciária de Valparaíso, a 570 km de São Paulo, da saída temporária que usufruiu por ocasião das festas de fim de ano. O médico já havia cumprido 27 anos da pena e estava prestes a obter liberdade condicional.

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