Justiça americana pede fiança de US$ 1 milhão para brasileira

Andréa Schwartz alegou ser inocente das acusações de comandar uma rede de prostituição de luxo e tráfico de drogas em Nova York. Ela foi presa sob fiança de US$ 500 mil em dinheiro ou US$ 1 milhão em depósito

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Por Agencia Estado
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A brasileira Andréa Schwartz, de 31 anos, acusada de comandar uma rede de prostituição de luxo e tráfico de drogas em Nova York revelou que tinha como clientes proeminentes executivos americanos, de acordo com documentos da justiça de quando ela se apresentou à Suprema Corte de Manhattan, onde corre o processo pelo qual ela também é acusada de promover a prostituição e lavagem de dinheiro. A brasileira alegou ser inocente das acusações e foi presa sob fiança de US$ 500 mil em dinheiro ou US$ 1 milhão em depósito. Ela terá de voltar à corte em 10 de agosto. Andréa, uma morena de olhos azuis que diz falar vários idiomas, recrutava brasileiras para trabalharem como prostitutas em Manhattan. Acredita-se que ela cobrava de US$ 800 a US$ 1.500 por programa, dependendo do que o cliente quisesse, disseram as autoridades. O promotor Artie McConnell disse ao juiz que Andréa é um risco porque ela teria quatro passaportes e milhões de dólares em suas contas de banco. McConnell também disse que Andréa tinha dado drogas a policiais disfarçados de clientes e tinha mais de US$ 11 mil em dinheiro quando foi presa. Os documentos mostram que a brasileira teria dito que cerca de US$ 1,5 milhão passaram por suas contas desde 2001. "Eu levei muito dinheiro para dentro e para fora dos Estados Unidos", ela diz. "América é o melhor país para se investir, então, qual o problema?" Sensacionalista Os documentos que foram arquivados na terça-feira, no tribunal, descrevem alegações sensacionalistas de Andréa, durante um interrogatório da polícia. Andréa afirmou que um dos executivos deu-lhe US$ 50 mil durante um ano, na forma de vários presentes e que tinham relações sexuais várias vezes ao mês. Ela já havia descrito suas relações com executivos proeminentes em entrevistas, mas pela primeira vez citou os nomes de seus clientes. Entre eles, ela mencionou Wayne Pace, vice presidente e diretor financeiro da empresa Time Warner Inc., assim como Bob Voccola, diretor de inversões da firma Barrett Associates, que, segundo suas declarações, deram-lhe dinheiro e pagaram algumas de suas contas, de acordo com os documentos apresentados à corte. O porta-voz da Time Warner Inc., Ed Adler, destacou que a empresa estava a par das alegações envolvendo Pace. A empresa "conduziu uma revisão e não encontrou nenhuma conduta ilegal do senhor Pace, ou uso indevido do dinheiro da corporação". Procurado, Voccola não respondeu aos telefonemas da AP. Andréa disse, durante o interrogatório, que "estou fazendo sexo com meu consultor financeiro, Bob Voccola, da Barrett Associates. Nós transamos uma ou duas vezes pode semana há um ano e meio. Ele já me deu US$50 mil em um ano, em dinheiro, pagamentos de hipoteca, cheques e outras coisas. Ele também me deu um cartão de crédito e conselhos financeiros, me dizendo onde investir, me ajudando com minha hipoteca", disse a brasileira, de acordo com os documentos. "Ele até me ajudou com o INS (autoridades da imigração) depois que meu marido e eu nos divorciamos".

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