Justiça britânica rejeita revisar o caso de Jean Charles

Advogados da família do brasileiro tinham alegado, entre outros argumentos, que não processar nenhum policial representaria uma violação dos direitos humanos

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O Tribunal Superior de Londres rejeitou nesta quinta-feira, 14, o pedido da família do brasileiro Jean Charles de Menezes, morto por policiais que o confundiram com um terrorista, para que se revise a decisão da Promotoria de não processar nenhum agente. Os advogados da família tinham alegado, entre outros argumentos, que não processar nenhum policial representaria uma violação dos direitos humanos. Em uma audiência realizada no dia 5, o advogado Michael Mansfield, representante da família, afirmou que o fato de a Promotoria Crown Prosecution Service (CPS) ter descartado acusar algum agente "afeta o império da lei". A Promotoria decidiu em outubro não apresentar acusações contra os policiais e só acusou a Polícia Metropolitana de Londres em seu conjunto por crimes contra a lei de Segurança e Higiene no trabalho. Jean Charles de Menezes, que tinha 27 anos e trabalhava como eletricista, foi morto por agentes da brigada antiterrorista da Scotland Yard em 22 de julho de 2005, quando entrava na estação de metrô de Stockwell, no sul de Londres. Os policiais confundiram Jean Charles com um dos terroristas que cometeram os atentados fracassados da véspera contra três estações de metrô e um ônibus urbano da capital. Os ataques foram inspirados nos do dia 7 de julho de 2005 contra a rede de transporte londrino, que mataram 56 pessoas e deixaram 700 feridos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.