PUBLICIDADE

Justiça condena 5 por realizar baile do PCC

A ideia de fazer a ?Noite do Pancadão? partiu de um preso de Mirandópolis

Por Josmar Jozino
Atualização:

Em uma decisão inédita, a Justiça de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, condenou cinco pessoas acusadas de organizar um baile funk em Mirassol com o objetivo de arrecadar dinheiro para a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). As penas de restrição de liberdade variam de 2 anos e 2 meses a 14 anos e 2 meses de prisão. Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), a festa, realizada em março do ano passado, foi regada a drogas e reuniu 300 pessoas - muitas delas menores e presidiários de regime semiaberto. A ideia de fazer o baile funk "Noite do Pancadão" na Estância Pérola, às margens da Rodovia Washington Luís, em Mirassol, em 21 de março de 2008, partiu do preso Davi Curti, o Perturbado. Na época, ele estava detido na Penitenciária 1 de Mirandópolis. Foi auxiliado pela ex-namorada Michele Aparecida dos Anjos, pela mãe, Maria Curti da Silva, pelo braço direito, Rodrigo do Nascimento Amorim, o Boy, e pela namorada desse último, Gisele Miller Camargo. Curti foi condenado a 14 anos e 2 meses , Amorim, Gisele e Michele a 12 anos e 2 meses pelos crimes de tráfico de drogas, incitação à prática de crime, apologia de fato criminoso e formação de quadrilha. Maria Curti foi condenada a 2 anos e 2 meses por formação de quadrilha. A sentença, de 127 páginas, foi proferida por um juiz da 5ª Vara Criminal de São José do Rio Preto. EXEMPLAR O promotor de Justiça João Santa Terra, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de São José do Rio Preto, classificou a sentença judicial de "maravilhosa". "O Poder Judiciário, além de reconhecer a existência do Primeiro Comando da Capital, mostrou que quem auxiliar essa facção criminosa tem de ser penalizado. A decisão é inédita e foi exemplar", argumentou Santa Terra.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.