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Justiça condena prefeito à perda do cargo

Por Agencia Estado
Atualização:

O juiz André Augusto Salvador Bezerra, da 3.ª Vara da Comarca de Penápolis, na região de Araçatuba (SP), condenou o prefeito de Alto Alegre, José Maria Trisóglio (PFL), e o fiscal-geral da prefeitura, Wandyr Merlo, à perda das funções públicas e à suspensão dos direitos políticos por cinco anos por ato de improbidade administrativa. Segundo a sentença, que foi divulgada hoje, materiais de construção comprados pela prefeitura para a reforma da Escola Municipal Expedicionário Diogo Garcia Martins, em 1996, durante o primeiro mandato do prefeito, foram desviados. A prefeitura comprou oito diferentes objetos, gastando, em valores da época, R$ 3.082,13. No entanto, uma perícia oficial constatou que foram usados na obra apenas um vitrô e oito sacos de cal e cimento, totalizando R$ 183,74. Seis portas de madeira, tubos, torneiras, fios e outros utensílios, que custaram R$ 2.898,39, desapareceram. O prefeito e o fiscal-geral também foram condenados ao ressarcimento do prejuízo e ao pagamento de uma multa civil de R$ 5.700,00, além de terem sido proibidos, por cinco anos, de fazerem negócios ou receberem incentivos oficiais. Os dois não quiseram comentar a condenação, informando que apelarão ao Tribunal de Justiça (TJ) do Estado. Trisóglio é réu em cerca de dez processos movidos pela Promotoria de Justiça de Penápolis por falta de probidade e crimes comuns. O prefeito foi condenado, por exemplo, por cobrir sua casa de campo com 5 mil telhas compradas com dinheiro público e instalar duas linhas telefônicas, de propriedade da prefeitura, no consultório médico dele e no de outro colega da cidade. Como as condenações são de primeira instância e o prefeito recorreu de todas, ele permanece no cargo. Por ser médico e atender a pacientes pobres de graça, Trisóglio é muito popular entre os 4 mil habitantes de Alto Alegre, tendo conseguido voltar ao cargo nas últimas eleições municipais, apesar das acusações na Justiça.

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