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Justiça de MS condena três pistoleiros pela morte de prefeita

Por Agencia Estado
Atualização:

No mínimo 13 anos de detenção em regime fechado foi a sentença para cada um dos três homens julgados pelo assassinato da prefeita de Mundo Novo, extremo sul de Mato Grosso do Sul, Dorcelina de Oliveira Folador (PT). O julgamento terminou no início da madrugada desta terça-feira depois de 13 horas de trabalho, sob um clima de muita expectativa, entre as mais de 400 pessoas que lotaram o Tribunal do Júri. Secretários estaduais, deputados, vereadores e militantes do PT foram grande maioria no auditório. É a primeira fase do julgamento. Mais três acusados pelo mesmo crime sentarão no banco dos réus. O crime aconteceu em outubro de 1999, e somente depois quarenta meses, começa a ser julgado. Os três penalizados, Valdenir Machado, Theófilo Stocker e Esmael Meurer Silveira, juraram inocência perante o Conselho de Sentença do Tribunal do Júri, no Fórum de Campo Grande, alegando que foram torturados pela polícia para confessar participação no crime. Segundo consta no inquérito policial, os três condenados confessaram ter colaborado no planejamento, execução do homicídio e na fuga de Getúlio Machado, acusado como autor dos oito tiros que mataram Dorcelina. Getúlio é irmão de Valdenir Machado, e juntamente com Esmael Meurer Silveira colaboraram em transportar o pistoleiro, para o local do assassinato e fuga. Valdemir Machado e Esmael foram condenados a treze anos de prisão. Teófilo Stoker teve condenação de treze anos e seis meses. Em março será a vez de Roldão Teixeira de Carvalho, acusado de co-execusão do crime. Em abril, será Getúlio Machado, acusado de ter matado a prefeita Dorcelina e em maio será julgado Jusmar Martins da Silva, acusado de ser o mandante do crime. Prisão especial Logo depois das sentenças, dada pelo juiz Júlio César Siqueira, da Primeira Vara do Tribunal do Júri, os três foram algemados e transportados para o Centro de Observações Criminológicas do Presídio de Segurança Máxima em Campo Grande. O lugar não é próprio para cadeia, porém devido ao risco de vida que o trio está sujeito em uma prisão comum, a Justiça decidiu que devem ficar protegidos. Por tratar-se de crime hediondo, as penas serão cumpridas em regime fechado durante dez anos consecutivos, porque já cumpriram três anos de cadeia. Na fase de apuração do homicídio, a polícia constatou que Jusmar Martins da Silva, que em 1999 era secretário municipal de Finanças da Prefeitura Municipal de Mundo Novo, teve um desentendimento com Dorcelina e acabou sendo demitido da prefeitura. Segundo o viúvo, atual vice-prefeito daquele município, Celso Folador, por vingança, Silva contratou Getúlio, depois de tentar contratar Stoker que não aceitou a proposta de receber R$ 5 mil pela pistolagem. Depois do assassinato, Getúlio foi até a casa de Stoker, em Guaíra (PR) e escondeu a arma do crime.

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