Justiça decide que greve de guardas-civis é legal

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Por Daniel Gonzales
Atualização:

O Tribunal de Justiça de São Paulo julgou a legalidade da greve dos guardas-civis metropolitanos (GCMs), iniciada na terça-feira, e decidiu que o movimento pode continuar. Metade do efetivo, porém, terá de voltar às ruas hoje. Até ontem, 30% dos guardas mantinham operações básicas, como a segurança do patrimônio público. O Sindguarda, sindicato dos GCMs, afirma ter 100% da corporação paralisada, mas se comprometeu ontem a cumprir a determinação. A Secretaria Municipal de Segurança Urbana minimizou a decisão. Segundo a Assessoria de Imprensa do órgão, "não houve julgamento e o juiz apenas proferiu uma sentença que obriga metade da guarda a trabalhar". Desde o início do movimento grevista, há duas semanas, quando encaminhou à Câmara projeto de lei para conceder bonificação a policiais militares, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) não tem dialogado com os guardas. A proposta foi aprovada anteontem por unanimidade. "Não existe diálogo enquanto houver greve", disse Kassab ontem. Os agentes pedem melhores condições de trabalho, plano de carreira, reajuste de 17% no salário-base e aumento de 140% em gratificações. E dizem que não suspendem a greve enquanto não houver negociação. "São demandas inadequadas para o momento", disse o prefeito. "Os GCMs têm obrigação de cumprir suas responsabilidades. Vamos aplicar as sanções previstas em lei." Os agentes prometiam um panelaço na frente da Prefeitura hoje, a partir das 7h. As Secretarias do Verde e da Educação informaram que a vigilância particular vai suprir a segurança em parques e CEUs. COLABOROU CAROLINA FREITAS

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