Justiça decreta prisão de acusados de matar estudante

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Por Agencia Estado
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A juíza da Vara Criminal e da Infância e da Juventude da Comarca de Ouro Preto (MG), Lúcia de Fátima Magalhães Albuquerque Silva, acatou denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) e decretou a prisão preventiva de quatro pessoas acusadas de envolvimento no assassinato da estudante Aline Silveira Soares. Aline foi encontrada morta no dia 14 de outubro de 2001, no cemitério da Igreja de Nossa Senhora das Mercês e Misericórdia, centro histórico de Ouro Preto. Ela tinha 19 anos. Estava despida e postada de braços abertos e pés sobrepostos, indicando que teria sido morta num ritual. Seu corpo apresentava 17 perfurações, sendo a mais extensa com cerca de 10 cm e localizada na altura do pescoço. A juíza decretou a prisão preventiva de Cassiano Inácio Garcia, Edson Poloni Lobo Aguiar, Maicon Fernandes Lopes - todos atualmente com 23 anos - e Camila Dolabela Silveira, 22 anos, prima da vítima. Drogas e jogo Na denúncia apresentada pelo MPE, a promotora Luíza Helena Trócilo Fonseca afirma que a morte da estudante teve envolvimento com uso de drogas, sexo, jogo (RPG) e ritual satânico. O caso foi reaberto recentemente, depois que surgiram novas provas materiais. Entre elas, a cópia de uma bíblica satânica, anexada ao processo. Aline, que morava em Manhumirim, no leste do Estado, viajou na época para Ouro Preto acompanhada da prima Camila e de uma amiga delas, a capixaba Liliane Pereira de Almeida. As jovens foram à cidade histórica para participar de uma tradicional festa anual das repúblicas universitárias. Elas ficaram hospedadas na república Sonata, onde moravam Maicon, Cassiano e Edson, estudantes da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). "Violência e crueldade" Segundo o Tribunal de Justiça de Minas, a juíza Lúcia de Fátima considerou que a prisão preventiva dos acusados "é necessária diante da violência e crueldade do crime praticado contra Aline Silveira Soares e da indignação da população de Ouro Preto". Em relação a Liliane Pereira, que na época era menor de idade, a magistrada acatou a representação para apuração de prática de ato infracional.

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