Justiça deverá reter os R$ 24 mi encontrados em avião no RS

De acordo com a Polícia Federal, diversos países demonstraram interesse em saber a origem do dinheiro

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Por Elder Ogliari
Atualização:

A Polícia Federal pediu à Justiça que retenha no Brasil os R$ 24 milhões em moeda estrangeira encontrados a bordo de um bimotor que fez pouso de emergência em Cruz Alta pelo menos até que a Interpol, a quem o caso foi encaminhado, esclareça se o dinheiro tinha origem e destino legais.   A informação foi divulgada pelo superintendente regional da PF no Rio Grande do Sul, Ildo Gasparetto, nesta quarta-feira, 31. O policial disse que diversos países demonstraram interesse em saber a origem do dinheiro. Até o início da noite, a 1.ª Vara Federal de Porto Alegre ainda não havia julgado o pedido.   O incidente ocorreu na segunda-feira, quando o avião, tripulado por dois pilotos e dois seguranças da empresa Prosegur, foi obrigado a procurar uma pista de pouso no Brasil porque o mau tempo impedia o vôo sobre a Argentina. Ouvidos pela PF, os quatro informaram que faziam o transporte do dinheiro de Assunção para Montevidéu com plano de vôo sobre o território argentino, a pedido do banco paraguaio Amambay.   O dinheiro seria entregue à financeira uruguaia Ocasa Inc. Todos foram liberados depois de prestarem seus depoimentos. O dinheiro foi encaminhado à agência do Banco Central em Porto Alegre.   O fato de a remessa ter sido feita em espécie despertou a suspeita das autoridades brasileiras, uma vez que normalmente estas transferências são feitas através de documentos. "Carregar dinheiro vivo é muito suspeito", afirmou Gasparetto. "Por isso, insistimos na retenção".   Nesta quarta-feira, a Prosegur divulgou uma nota responsabilizando-se pelos malotes, que continham euros, libras, dólares e pesos argentinos e chilenos e informando que é uma empresa espanhola com tradição no transporte legal de valores em diversos países. Também procurou a Receita Federal para apresentar documentos da operação com o objetivo de obter autorização para retomar o transporte do dinheiro.

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