Justiça do PR determina volta de policiais ao trabalho

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Por Agencia Estado
Atualização:

A 1ª Vara de Justiça da Fazenda Pública de Curitiba determinou nesta sexta-feira, a pedido da Procuradoria Geral do Estado, a volta imediata ao trabalho dos policiais militares. A liminar, concedida pelo juiz Salvatore Astuti, também estabelece o pagamento de multa diária de R$ 100 mil às quatro entidades que representam os policiais, caso continuem o protesto. As entidades são Associação de Defesa dos Direitos dos Policiais Militares Ativos, Inativos e Pensionistas (Amae), Sociedade Beneficente de Subtenentes e Sargentos (SBSS), Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Associação das Esposas de Policiais Militares do Paraná. Segundo a PM, metade dos 3 mil policiais de Curitiba estão no trabalho, embora apenas 50 dos 300 veículos estão em condições de atender às chamadas, que se mantiveram nos mesmos índices. O governo do Estado anunciou que, a partir deste sábado, o Comando Geral da Polícia Militar "cumprirá os dispositivos legais para responsabilizar todos aqueles que tentem obstruir a Polícia Militar no cumprimento de sua missão constitucional de preservação da ordem pública". De acordo com uma nota distribuída no fim da tarde, "eventuais infratores da disciplina policial serão automaticamente substituídos por novos quadros, dentre os aprovados no último concurso público, que teve 12 mil inscritos." Nesta sexta-feira, o protesto de mulheres de policiais entrou no quarto dia e paralisou várias unidades em Curitiba e no interior do Estado, com a adesão maior dos próprios policiais. A principal reivindicação das mulheres é o retorno de uma gratificação, que foi interrompida em 1995. Entre 500 e 600 policiais entraram na Justiça e conseguiram que os valores continuassem sendo pagos. Os outros policiais receberam a promessa de que também teriam a gratificação, mas isso não aconteceu. Sem a isonomia, alguns policiais exercem as mesmas funções de outros, recebendo até 38% a mais de salário.

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