Justiça do Rio afasta dois vereadores de Caxias envolvidos com milícia

Políticos foram presos durante uma operação deflagrada pela Procuradoria-Geral de Justiça, em dezembro de 2010, suspeitos de envolvimento em cerca de 50 assassinatos

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Por Priscila Trindade
Atualização:

SÃO PAULO - O Juízo da 3ª Vara Cível de Duque de Caxias afastou da Câmara Municipal de Caxias, no Rio de Janeiro, os vereadores Jonas Gonçalves da Silva e Sebastião Ferreira da Silva, presos na Operação Capa Preta, por suposto envolvimento com uma milícia. O pedido de afastamento foi feito pelo Ministério Público (MP) do Rio de Janeiro.

 

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Os vereadores foram presos durante uma operação deflagrada pela Procuradoria-Geral de Justiça, em dezembro de 2010. Outros 32 homens foram presos na ocasião. Todos são acusados de envolvimento com uma milícia que teria praticado cerca de 50 homicídios desde 2007.

 

Segundo o MP, no grupo estão 13 policiais militares, um policial civil, um militar do Exército e outro da Marinha, que também foram afastados de suas funções públicas. A liminar, deferida na última quinta-feira, 28, determina também a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos réus, assim como a indisponibilidade dos seus bens.

De acordo com a Ação Civil Pública ajuizada pela 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo de Caxias, o grupo atuava em atividades ilegais como a cobrança de taxas de "segurança" e o fornecimento clandestino de gás, internet e TV a cabo. Os presos também exploravam o transporte clandestino de passageiros e o controle do uso de máquinas de jogos de azar.

Os crimes ocorriam nas localidades de Gramacho, São Bento, Lote XV, São José, Parque Fluminense, Parque Muisa, Pantanal, Jardim Leal, Guaíra, Sarapuí, Vila Rosário e Parque Suécia, todas em Duque de Caxias.

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